quinta-feira, 29 de novembro de 2012

RTP já tem novo director de informação


Paulo Ferreira, novo director de informação da RTP
Paulo Ferreira, editor de economia da RTP vai substituir Nuno Santos enquanto director de informação do canal. O cargo de director adjunto será ocupado por Miguel Barroso. Estes nomes foram entregues ontem à Entidade reguladora para a Comunicação Social (ERC) para apreciação, confirmou uma fonte da RTP ao Público

O presidente do conselho de Administração da RTP, Alberto da Ponte, disse que há motivos para a abertura de um processo disciplinar a Nuno Santos, director de informação, “por ter autorizado a PSP a ver as imagens não editadas dos incidentes de 14 de Novembro, frente à Assembleia da República”. 

Segundo o Correio da Manhã, Alberto da Ponte assegura que não foram cumpridas as normas do canal e que qualquer pessoa pode pedir ao arquivo o uso de imagens, mas editadas. 
 O presidente da ERC, Carlos Magno revelou que só na próxima terça-feira é que será oficialmente aberto o processo de averiguações. “Queremos ouvir toda a gente dentro da RTP e também fora, não vamos excluir ninguém”, acrescentou. 

Numa primeira fase, logo após a demissão de Nuno Santos, a administração da RTP ponderou nomear Luís Marinho como director interino, durante um período de tempo, mas acabou por dar uma solução definitiva à questão e convidou o editor Paulo Ferreira, noticiou o Expresso

O novo director de informação, licenciado em gestão de empresas foi director adjunto do jornal Público, cargo que também já tinha ocupado no Jornal de Negócios e no Diário de Notícias.

Mariana Carvalho

Jornalistas desempregados lançam blog de informação


O Ex-Director do Público espanhol, Jesus Maraña, está a criar um blog informativo, juntamente com jornalistas despedidos de vários órgãos de comunicação.

Jesus Maraña foi director do Jornal Público espanhol até a edição impressa ter terminado, no dia 26 de Fevereiro deste ano
Fonte: Google

O projecto chama-se Infolibre e teve o seu primeiro post na passada segunda-feira. De acordo com o blog, o objectivo passa por criar um meio informativo "profissional, independente, livre, honesto e de qualidade". Neste sentido, o Infolibre aliou-se ao site de informação francês Mediapart, por admirar a "sua batalha por um jornalismo independente e de investigação".

O blog surge, tal como o Mediapart, como uma forma de enfrentar a crise, que "ameaça tanto a democracia como o jornalismo". Contudo, apesar de partilharem a mesma filosofia, o blog espanhol tem um plano diferente de sustentabilidade: O Infolibre pretende sobreviver apenas "com as contribuições económicas dos seus leitores", sendo que nem todas as informações serão pagas, ao contrário do que acontece no Mediapart.

Segundo o Público desconhece-se o número de jornalistas envolvidos no projecto, mas sabe-se que foram despedidos mais de 100 trabalhadores, quer no El País, quer no Público espanhol.

 Ruben Gomes e Tiago Rodrigues

domingo, 25 de novembro de 2012

Jornal de Negócios premiado


Pedro Santos Guerreiro, jornalista e director do Jornal de Negócios, ganhou o Prémio de Excelência em Jornalismo Económico 2012, promovido pela Ordem dos Economistas.

Fonte: Meios e Publicidade
Patrocinado pelo Banco Espírito Santo (BES), este é o segundo ano que a Ordem dos Economistas distingue "os jornalistas que melhor tenham contribuído, com trabalhos publicados ou difundidos nos órgãos de comunicação social portugueses, para a afirmação de um jornalismo económico de referência e de excelência”.

Pedro Guerreiro sucede a Cristina Ferreira, jornalista do Público, que venceu o mesmo prémio no ano anterior. Nesta edição estiveram nomeados, a par com o director do Jornal de Negócios, Paulo Ferreira, editor de economia da RTP, André Macedo, director do Dinheiro Vivo, e José Gomes Ferreira, sub-director da SIC.

Para além de director do Jornal de Negócios, Pedro Santos Guerreiro é membro do painel "Termómetro Político", um programa de debate político transmitido pela RTP e participa em "Conselho de Directores" na Rádio Renascença. Desempenha também funções de convidado na CNN e na Aljazeera.

Fábio Fernandes e João Pimenta

Jornal 'O Mirante' celebra as Bodas de Prata

Foto: Jornal O Mirante

O jornal ‘O Mirante’ do Ribatejo comemora hoje 25 anos de existência e afirma se como uma “referência” nos 23 conselhos de Vila Franca de Xira. O jornal chega aos leitores semanalmente nas bancas e através de assinaturas semanais.

Em entrevista ao Correio da Manhã o fundador do jornal, Joaquim António Emídio, afirmou estar orgulhoso pela longevidade do semanário apesar de nunca ter esperado que o jornal durasse tanto tempo. Sobre os tempos difíceis que se vivem hoje em dia, o fundador admitiu que não tem apoios de ninguém, nem mesmo da publicidade: "Somos geridos por uma empresa familiar. Não tenho ninguém a apoiar-me. Se cair, caio sozinho. (...)  muito difícil vivermos da publicidade como vivemos até agora. Entrámos numa espiral de boicote à comunicação social quando o Governo cortou toda a publicidade institucional. Cortaram-nos uma das mais importantes fontes de receita".

Com cerca de 30 funcionários, o fundador de ‘O Mirante’ sente-se orgulhoso por ter uma redacção com 12 jornalistas a tempo inteiro assume ainda que precisava de mais gente, mas a crise, que só recentemente foi sentida na redacção, não possibilita a entrada de novos trabalhadores.

Para comemorar o 25.º aniversário, 'O Mirante' tem já nas bancas uma edição especial com uma tiragem de 80 mil jornais.

Lúcia Fernandes e Eduardo Sousa

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Passos Coelho e Cavaco Silva realçam profissionalismo policial


Fonte: Público (Luís Matos)
O primeiro-ministro Pedro Passos Coelho elogiou a forma como as forças de segurança actuaram no parlamento. Passos Coelho disse que há limites que não devem ser ultrapassados e que para evitar abusos do mesmo género as forças policiais agiram como deviam. O primeiro-ministro português falou ontem sobre o assunto pela primeira vez numa conferência de imprensa que deu juntamente com o presidente colombiano, em visita oficial a Portugal.

Passos Coelho acredita que não está sozinho no apoio a atitude das forças de segurança. O presidente da república cavaco silva também comentou o que se passou na manifestação. Cavaco Silva disse que a polícia portuguesa agiu com profissionalismo e que segundo as informações que recebeu a polícia portou-se de “forma notável”

O Presidente da República afirmou ainda que o não pode haver tolerância a este tipo de violência. Cavaco Silva recusa ainda a ideia que os desacatos tenham sido uma consequência da dureza da austeridade.

Fontes : Público, Correio da Manhã

Ivo Santos e Bruno Gomes

Director do Jornal de Negócios ganha prémio


Pedro Santos Guerreiro, director do Jornal de Negócios, ganhou o prémio de Excelência em Jornalismo Económico 2012.

Santos Guerreiro iniciou a carreira de jornalista em 1996 e foi um dos fundadores do Jornal de Negócios.
Fonte: Flickr



Nesta segunda edição, estiveram também nomeados José Gomes Ferreira, sub-director da SIC, Paulo Ferreira, editor de economia da RTP e André Macedo, director do jornal Dinheiro Vivo. Os nomeados foram escolhidos por um júri composto pela actual Ordem de Economistas, Rui Martinho e por quatro ex-ministros das Finanças: Jacinto Nunes, João Salgueiro, Teixeira dos Santos e Miguel Beleza. A cerimónia de entrega do prémio ocorreu no restaurante Tivoli Terraço, em Lisboa, no mesmo dia em que se realizou a 8ª Cerimónia Anual da Ordem dos Economistas.

O comentador e jornalista foi escolhido por ser considerado um dos jornalistas que mais contribuíram "com trabalhos publicados ou difundidos nos órgãos de comunicação social portugueses, para a afirmação de um jornalismo económico de referência e de excelência", sendo esse o principal objectivo da organização. Santos Guerreiro sucede, assim, a Cristina Ferreira, que ganhou a primeira edição em Outubro do ano passado.

Texto: Ruben Gomes
Imagens: Tiago Rodrigues

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Director da BBC demite-se


George Entwistle à saída do edifício da BBC
O Director-Geral do canal britânico BBC, George Entwistle, demitiu-se depois de uma investigação do programa de informação Newsnight.

O Newsnight emitiu uma entrevista no dia 2 de Novembro, com um homem que disse ter sido abusado sexualmente em 1980, quando era criança, por um importante político do Partido Conservador. A polémica criada em torno desta entrevista emitida pela pelo programa da BBC, é devido ao falso envolvimento do político Alistair McAlpine que apareceu implicado no caso de abuso de crianças entregues à guarda do Estado.

George Entwistle disse ser impensável continuar na estação, após a BBC ter implicado Alistair McAlpine no caso. A ocorrência tem posto em causa a credibilidade da estação pública britânica, que no ano passado decidiu arquivar uma investigação sobre os abusos sexuais cometidos por Jimmy Savile, a antiga personalidade da estação, diz o Público.

Numa declaração à porta do edifício da BBC, o ex director-geral disse que a reportagem do Newsnight não devia ter sido transmitida e explicou que quando a administração o nomeou para o cargo, acreditou que o escolheu por ser a “pessoa certa para enfrentar os desafios e as oportunidades que aparecessem”.

Segundo o Jornal de Notícias, "Os acontecimentos absolutamente excepcionais das últimas semanas levaram-me a concluir que a BBC deverá apontar um novo líder", afirmou George Entwistle.  No entanto, o ex director-geral confessa que desempenhou o cargo com “grande honra” e lembra que, apesar da polémica, a estação tem profissionais “com grande talento e muito integridade”. “É isso que vai continuar a fazê-la a melhor estação do mundo”, acrescenta.

Soraia Ribeiro e Mariana Carvalho

Pedro Santos Guerreiro vence segunda edição do prémio de excelência em Jornalismo Económico


Foto: debaixo dos arcos
Pedro Santos Guerreiro, director do Jornal de Negócios ganhou o Prémio de Excelência em Jornalismo Económico 2012, levado a cabo pela Ordem dos Economistas. Entre os nomeados estavam José Gomes Ferreira, subdirector da SIC, Paulo Ferreira, editor de economia da RTP, e André Macedo, director do Dinheiro Vivo.
O director do Jornal de Negócios tem um MBA pela Universidade Nova de Lisboa e é licenciado pelo Instituto Superior de Gestão. Pedro Santos Guerreiro iniciou a sua carreira de jornalista em 1996, no jornal Semanário, tendo sido um dos fundadores do Jornal de Negócios em 1997, do grupo Cofina.

O ano passado, na sua primeira edição, Pedro Santos Guerreiro já tinha sido nomeado para o Prémio de Excelência em Jornalismo Económico, juntamente com o director do Diário Económico, António Costa, Cristina Ferreira do Jornal Público e José Gomes Ferreira (ex-sub-editor de Economia do Público). No entanto, a grande vencedora foi Cristina Ferreira. tal como sucedeu na edição anterior, os nomeados deste ano foramescolhidos por um júri composto pelo actual bastonário da Ordem dos Economistas, Rui Martinho, e por quatro ex-ministros das Finanças  (Jacinto Nunes, João Salgueiro, Teixeira dos Santos e Miguel Beleza).

O Prémio Excelência Jornalismo Económico é uma iniciativa da Ordem dos Economistas, com o patrocínio do Banco Espírito Santo, cujo objectivo é “distinguir os jornalistas que melhor tenham contribuído, com trabalhos publicados ou difundidos nos órgãos de comunicação social portugueses, para a afirmação de um jornalismo económico de referência e de excelência”.

Mauro Carvalho e Tiago Amado

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Fotojornalista norte-americano absolvido de desobediência à autoridade


O fotojornalista Carlos Miller foi absolvido pelo tribunal do condado de Miami-Dade, no estado da Flórida, depois de ter sido acusado de desobediência às autoridades e resistência à detenção quando tentatava tirar fotografias do protesto de Occupy Miami em Janeiro passado.
A Chefe de Polícia de Miami-Dade, Nancy Perez, no momento da detenção de Carlos Miller (Foto: Carlos Miller)
Após a detenção, a polícia local confiscou a máquina fotográfica de Miller e apagou alguns dos seus conteúdos, entre os quais um vídeo que documentava o seu encontro com a polícia. Ainda assim, o fotojornalista conseguiu recuperar algumas das fotografias eliminadas pela polícia, que ajudaram a provar a sua inocência.

O advogado de Miller, Santiago Lavandera, defendeu no julgamento o direito do seu cliente de reportar o protesto "dentro dos limites legais", sem que seja "levado a cobrir o que a polícia quer que seja visto", ainda que tenha admitido que Miller tenha utilizado alguma linguagem excessiva.

No seu site oficial, Miller congratulou-se com a sua absolvição e voltou a apelidar de "mentiras contínuas" as declarações feitas pela Chefe da Polícia de Miami-Dade, Nancy Perez.

João Paulo Teixeira e Hugo Dinis.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Prisão de jornalista indiano gera polémica


Protestantes indianos reuniram-se no estado sulista de Karnataka para contestar a prisão do jornalista Naveen Soorinje. O repórter televisivo foi detido pelas autoridades indianas depois de ter filmado um grupo de activistas Hindu a atacar raparigas que confraternizavam com um grupo de rapazes na cidade de Mangalore, no estado de Karnataka.

Grupos indianos de jornalistas contestaram a detenção e enviaram uma missiva às autoridades locais (Foto: Spoorthi Ullal)
O jornalista foi acusado de cumplicidade com o ataque de Julho, mas alega que está a ser alvo de ataques por ter "denunciado o fracasso da administração local em lidar com casos de policiamento moral e ataques às minorias por parte de grupos extremistas Hindu". O estado de estado de Karnataka, no sul do país, está sob domínio do partido nacionalista Hindu Bharatiya Janata (BJP).

A detenção tem gerado contestação por parte de grupos de defesa dos direitos humanos e de representantes de jornalistas. O juiz reformado e activista de direitos humanos M Saldhana apontou o dedo à "promiscuidade existente entre as polícias locais e as organizações radicais de direita", defendendo ainda o "direito do jornalista de cumprir os seus deveres profissionais".

Um grupo de jornalistas, activistas e políticos enviou uma carta aberta ao Ministro de Estado R Ashok e ao Comissário do Distrito de Mangalore Chennappa Gowda, apelidando a prisão de um "ataque à liberdade de imprensa" e apelando às autoridades estaduais para "intervir e tomar as acções apropriadas". Taranath Kapikad, jornalista de Janshree, em declarações em Mangalore, considerou que "a responsabilidade de apurar a verdade dos factos recai sobre a polícia local".

O comissário policial da cidade de Mangalore defendeu a actuação da polícia, afirmando que esta apenas se limitou a "cumprir as ordens do tribunal".

Hugo Dinis e João Paulo Teixeira.

domingo, 11 de novembro de 2012

Qual a influência da crise nos Media?


Esta foi a questão central em debate na 3ª edição da Conferência Media do Futuro, promovida pelo Jornal Expresso e pela SIC Notícias, que contou com a presença, entre outros, de José Alberto Carvalho, José Pacheco Pereira, Pedro Norton e Francisco Pinto Balsemão.

A crise económica pode ter impacto na qualidade do jornalismo, pois, segundo o jornalista José Alberto Carvalho, "temos um mercado pequeno, com uma crise de publicidade e uma crise de consumo, pelo que penso que vamos ser forçados a reinventar as nossas atividades", alterações essas que poderão colocar "seríssimos riscos" à "prática do jornalismo".

Foto: www.dinheirovivo.pt
No discurso de abertura, Francisco Pinto Balsemão falou do caso da RTP e do seu futuro, afirmando que "apesar das propostas do Governo, nomeadamente uma possível concessão, o futuro do canal irá depender da receita de publicidade atribuída à empresa responsável pela gestão". O responsável pelo grupo Impresa, reprovou ainda a maneira como foi conduzido o processo de Implementação da TDT em Portugal, defendendo que "o processo condenou as televisões generalistas a serem o parente pobre da televisão".

Na opinião de José Pacheco Pereira, "uma parte importante da crise da comunicação social tem a ver com a incapacidade de fazer um jornalismo para o presente". De acordo com o historiador, a causa deste problema é "a realidade socioeconómica do país" não corresponder "ao mundo vivido pelos jornalistas". O também comentador político alertou ainda para a existência de "interesses de grupos económicos que trazem uma agenda política que implica a proteção de interesses de nações que têm ditaduras".

Fontes: Jornal Expresso, Jornal Digital

Mauro Carvalho e Tiago Amado

sábado, 10 de novembro de 2012

Crise abala práticas jornalísticas


A crise económica, a queda das receitas publicitárias, o baixo consumo e o estado dos grupos de comunicação social foram os temas que marcaram a terceira edição da conferência "Media do Futuro", promovida pelo Expresso e pela SIC Notícias.

José Alberto Carvalho, diretor de informação da TVI afirma que "temos um mercado pequeno, com uma crise de publicidade e uma crise de consumo, pelo que penso que vamos ser forçados a reinventar as nossas atividades com muito menos tranquilidade e a uma velocidade muito mais acelerada do que noutros países.”

Outro tema abordado na conferência foi a “Qualidade do jornalismo e as condições para o seu exercício” visto que "uma parte importante da crise da comunicação social tem a ver com a incapacidade de fazer um jornalismo para o presente" porque "a realidade socioeconómica do país" não corresponde "ao mundo vivido pelos jornalistas" afirmou o historiador José Pacheco Pereira.

Pedro Norton, presidente executivo do grupo Impresa, durante a discussão do tema "Mudar para o digital sem perder os valores tradicionais dos media" salientou que "o que nos está a ser pedido é gerir um conjunto de tensões que são brutais" pois enquanto se luta para saldar a dívida o mercado publicitário está em decadência.

Acrescentou que "existe a pressão imediatista sobre os resultados trimestrais ou mensais" quando é preciso que estas empresas deem espaço à criatividade e experimentação dentro das redacções o que aumenta a instabilidade social e laboral.

Naida Seixas

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

“O maior objectivo é agarrar o público”


Walter Dean criador do Comittee of Concerned Journalists.
Walter Dean, jornalista da CBS, deu uma formação aos jornalistas da SIC, Expresso e Visão. O professor do Project for Excellence in Journalism avisou que os desafios dos jornalistas são muitos.

Dean disse que a existência de centenas de estações de televisão tem vindo a deteriorar a qualidade da informação, e fragmentar as escolhas do público. Esta elevada quantidade de informação provocou uma crise nos media e, por isso, é cada vez mais necessário tornar interessantes as notícias importantes.

“Dar às pessoas a informação que elas precisam para tomarem as melhores decisões sobre as suas comunidades, o seu país e o seu governo”, explicou o professor à Visão.

Outro desafio discutido pelos jornalistas foi as notícias que interessam, ou não, ao público. O professor considera que os jornalistas de televisão criaram mitos sobre as audiências e que os tele-espectadores se interessam por poucos assuntos e, especialmente, por notícias sensacionais, coisas assustadoras ou crimes. “Nós, jornalistas, tínhamo-nos tornado muito poderosos e, para ser franco, arrogantes. Éramos tão independentes que nem ouvíamos o público.”

Este desajustamento entre a informação que é dada e a informação que o público quer receber, fez com que a Internet seja a plataforma mais procurada.



Internet vs Edição em Papel

A internet proporciona aos leitores o poder de escolher a informação desejada. “Veja-se o caso de The New York Times, hoje com um milhão de leitores na edição em papel e 22 milhões na Internet”, esclareceu Walter Dean. A Internet contribuiu para a descida de venda de jornais e acabou por dar origem ao jornalismo cívico em muito maior escala.

Esta discussão teve lugar em Outubro, no edifício do grupo Impresa. O país já tinha recebido o jornalista da CBS em Lisboa, para discutir o ‘direito laboral no jornalismo’ e ‘os novos media’, segundo o Fórum de Jornalistas.

Soraia Ribeiro e Mariana Carvalho

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Jornalista que denunciou contas na Suíça absolvido


O Tribunal de Atenas absolveu hoje o jornalista grego Costas Vaxevanis, que tinha sido acusado de violar informações pessoais ao publicar uma lista de 2.000 pessoas com contas bancárias na Suíça.

A absolvição do jornalista de televisão que publica investigações jornalísticas na revista "Hot Doc", foi conhecida após uma sessão que se prolongou durante as últimas 12 horas e depois do Ministério Público ter pedido uma condenação de três anos de prisão.

Vaxevanis disse que expôs as duas mil identidades no exercício do jornalismo e acusou ministros e políticos de terem sido responsáveis, nos últimos dois anos, pela ocultação da lista de pessoas com contas nos bancos suíços e que não pagaram impostos sobre os rendimentos.

Vaxevanis foi detido no domingo e era acusado de invasão da privacidade e incorria numa pena que poderia chegar aos três anos de prisão, caso fosse condenado.

Fonte: Diario de Noticias

Eduardo Sousa

sábado, 27 de outubro de 2012

Trabalhadores do New York Times ameaçam fazer "greve de assinaturas"


Divergências sobre planos de saúde, pensões e salários motivaram os trabalhadores do New York Times (NYT) a ameaçar entrar em "greve de assinaturas" nas peças produzidas. Proposta durante as negociações entre o sindicato dos trabalhadores e a direcção do jornal, o protesto motivaria os jornalistas da publicação a editarem os seus textos e fotografias sem as assinar.

Apesar de ainda não existir data marcada para o começo da greve, o Presidente do Sindicato dos trabalhadores do NYT Grant Glickson afirmou, em e-mail enviado à Associação Mundial de Jornais e Editores de Notícias (WAN-IFRA), que esta é uma "táctica comum no jornalismo há décadas" e "a mensagem de insatisfação mais forte que os jornalistas podem enviar à direcção".

Numa disputa que já leva mais de 19 meses de duração, a direcção do jornal procura ainda encontrar uma solução para responder às reivindicações dos seus trabalhadores. O contencioso já motivou cerca de 400 funcionários do NYT a avançarem para uma greve no início do mês, com os trabalhadores a permanecerem dez minutos em frente à sede do jornal para pressionar a direcção a aceitar as exigências do sindicato.

Embora Glickson reafirme que a greve só terá lugar em último recurso, não deixa de assegurar que "é vital que os jornalistas estejam preparados". A direcção do jornal recusou comentar a possibilidade avançada pelo Sindicato dos Trabalhadores do NYT.

Hugo Dinis e José Miguel Carpinteiro.

Público mantém edição impressa diária


O jornal Público vai manter a edição em papel diária. Marcelo Rebelo de Sousa, no comentário semanal da TVI, anunciou o fim do jornal diário e lamentou o desaparecimento de algumas edições impressas por semana.

No entanto, para o adiministrador do tídulo, Pedro Nunes Pedro, esta suspeita "não faz sentido". Pedro Nunes Pedro garantiu ao Meios&Publicidade que "essa hipótese não está em cima da mesa".

De acordo com um comunicado divulgado no portal da publicação, o jornal decidiu apostar no jornalismo digital. Nos últimos anos tem sido levantada a hipótese do Público ser editado apenas quatro dias por semana, devido à diminuição da equipa, do aumento dos prejuízos e a anunciada aposta no digital.

 Sandra Maciel

TDT poderá disponibilizar mais de trinta canais


A Televisão Digital Terrestre (TDT) pode transmitir novos canais, alguns deles em alta definição. Para estas mudanças, é necessário que o espectro radioeléctrico que sobrou com o fim da televisão analógica seja cedido aos operadores televisivos, segundo o Correio da Manhã.

A Anacom já solicitou a intervenção dos operadores dos media e do regulador dos media, para que estes se pronunciassem sobre o assunto, de forma a informar Bruxelas sobre a intenção de Portugal de disponibilizar mais canais aos espectadores.

Arons de Carvalho, vice-presidente da (Entidade Reguladora para a Comunicação Social) afirmou que "a ERC deve assegurar que a União Europeia reserve espaço suficiente para as televisões; caso contrário, e porque é tendência, começa o ‘namoro’ das empresas de telecomunicações para o ocupar". Raquel Alexandra, vogal da empresa, defende a mesma opinião de Arons de Carvalho, uma vez que considera que "tem de haver uma decisão que não seja irreversível, porque isso seria hipotecar a actividade futura das televisões".

Mauro Carvalho e Tiago Amado

sábado, 20 de outubro de 2012

Grupo de jornalistas envia carta aberta em defesa do jornalismo "pela democracia"


Trabalhadores da LUSA entraram em greve de 4 dias em protesto contra os cortes
Um conjunto de jornalistas sublinhou hoje numa carta aberta a importância que o jornalismo tem num regime democrático. Personalidades entre as quais Diana Andringa e Adelino Gomes alertaram para o perigo dos cortes no financiamento dos órgãos de comunicação.

"O jornalismo não se resume à produção de notícias e muito menos à reprodução de informações que chegam à redacção. Assenta na verificação e na validação da informação, na atribuição de relevância às fontes e acontecimentos, na fiscalização dos diferentes poderes e na oferta de uma pluralidade de olhares e de pontos de vista que dêem aos cidadãos um conhecimento informado do que é do interesse público, estimulem o debate e o confronto de ideias e permitam a multiplicidade de escolhas que caracteriza as democracias", avança o documento.

A carta surge numa altura em que os cortes de 30% no financiamento da agência LUSA, suscitam polémica junto da sociedade portuguesa e os trabalhadores da empresa noticiosa encontram-se numa greve de 4 dias.

O documento, subscrito por mais de 70 nomes do jornalismo, desafia "todos os cidadãos a empenhar-se nesta defesa de uma imprensa livre e de qualidade e a colocar os seus esforços e a sua imaginação ao serviço da sua sustentabilidade".

Eduardo Sousa e Hugo Dinis

Jornalistas divulgam carta aberta


"Enfraquecimento da democracia" levou mais de 70 jornalistas a escrever a carta aberta "Pelo jornalismo, pela democracia" para alertar sobre as consequências da crise nos media portuguses.

Os jornalistas afirmam na carta que não se trata de "uma mera questão laboral ou mesmo empresarial. Trata-se, contudo, de um problema mais largo e mais profundo, e que, ao afectar um sector estratégico, se reflecte de forma negativa e preocupante na organização da sociedade democrática”.

Na carta lê-se que a crescente perda de trabalhadores no ramo da comunicação social tem levado “a uma perda de rigor, de qualidade e de fiabilidade, que terá como consequência, numa espiral recessiva de cidadania, a desinformação da sociedade, a falta de exigência cívica e um enfraquecimento da democracia”.

Os subrescritores afirmam também que os jornalistas de todas as plataformas de comunicação social, nomeadamente a televisão, rádio, imprensa e online, devem lutar "pelo direito à dignidade profissional contra a degradação das condições de trabalho, lutam por um jornalismo independente, plural, exigente e de qualidade, esteio de uma sociedade livre e democrática”.

Naida Seixas e Monja Urbic

Agência Lusa em greve durante quatro dias


Os trabalhadores da empresa iniciaram esta quinta-feira uma greve em protesto contra os cortes de 30% no orçamento para 2013. Durante quatro dias o serviço de distribuição de noticias da agência vai estar interrompido.

Os números completos da adesão à greve não são ainda conhecidos. Segundo informações recolhidas pelo Público, às 9h da manhã desta quinta-feira não se encontrava nenhum jornalista nas redacções de Lisboa e Porto. Está marcada uma concentração para a entrada das delegações de ambas as cidades, às 10h da manhã, com o presidente do Sindicato dos Jornalistas, Alfredo Maia. Uma hora mais tarde, em Lisboa, está agendada uma vigília junto ao conselho de ministros.

Na origem desta greve estão os processos de recisão amigáveis abertos pela Lusa na quarta-feira, na sequência da apresentação do Orçamento do Estado para 2013. O orçamento prevê uma redução da indeminização compensatória de 19.1 milhões para 13.2 milhões de euros, o que, de acordo com o presidente Afonso Camões, obriga a "uma reorganização das estruturas, com adequada redução de custos".

Após as notícias que davam conta dos cortes financeiros na Lusa e dos despedimentos no Jornal Público, foram criadas duas petições em defesa do jornalismo e do serviço público: "Em defesa da agência de notícias Lusa", que já tem cerca de 2868 assinaturas, e "em defesa da manutenção da qualidade do Jornal Público e dos profissionais que fazem dele um jornal de referência nacional", que conta com 1919 assinaturas. A greve estende-se até domingo, com a possibildade de o serviço vir a ser restabelecido desde que existam condiçoes, de acordo com a nota enviada pela agência aos clientes.

Mauro Carvalho e Tiago Amado

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Lusa luta pelo "direito à informação"


Lusa em defesa da democracia
A greve dos trabalhadores da Lusa vai durar até ao próximo Domingo, dia 21 de Outubro, prolongando-se por quatro dias.

A manifestação dos jornalistas e colaboradores da agência noticiosa chega depois de um corte de financiamento para a Lusa, apresentado no Orçamento de Estado para o próximo ano. O contrato do programa de serviço público de informação vai sofrer um corte de 30,9%, para 13,2 milhões de euros, contrastando com os 19,1 milhões de euros recebidos em 2012.

Sobre o corte anunciado, o Sindicato dos Jornalistas comunicou que “o que está em causa é a ameaça de uma enorme redução da capacidade da Lusa em acompanhar o pulsar do Mundo e do País”, concluindo que o que “está ameaçado é o direito dos cidadãos à informação”.

Durante os próximos dias serão várias as formas de protesto contra as medidas apresentadas pelo Orçamento de Estado. Os profissionais da informação estiveram ontem (dia 18) junto à presidência do Conselho de Ministros, durante a reunião semanal do Governo e hoje espera-se uma manifestação junto ao Parlamento em conjunto com o jornal Público.

João Pimenta e Fábio Fernandes

sábado, 13 de outubro de 2012

Jornais portuenses em livro


Lançado a 10 de Outubro,
a obra já está disponível para compra
A professora Helena Lima da Universidade do Porto (UP) levou a cabo uma investigação sobre os três grandes jornais da região. A coordenadora do departamento de Jornalismo e Ciências da Comunicação intitulou a obra de "A Imprensa Portuense e os Desafios da Modernização", e nele descreve os percursos do 'Jornal de Notícias', 'O Primeiro de Janeiro' e 'O Comércio do Porto'.

Lançado a 10 de Outubro, o livro corresponde a dois capítulos da tese de doutoramento da Professora Universitária baseada numa investigação que pretende analisar as modificações no jornalismo portuense ao longo do último século.

Em entrevista ao Jornalismo Porto Net, Helena Lima revelou que no decorrer da investigação apercebeu-se de que "os jornais conseguiram encontrar uma dinâmica de êxito com as linhas editoriais que constituíram ao longo de um século, aproximaram-se do público, fidelizaram-no.”

Na obra há ainda destaque para o período salazarista e a época da censura e pós-revolução dos cravos. "Com o 25 de Abril, o JN soube regressar ao seu estilo de proximidade com o público através da linguagem popular e da cobertura de temas da região. Pelo contrário, 'O Primeiro de Janeiro' e 'O Comércio do Porto' não souberam lidar com a opressão política e com a ingerência nas questões editoriais", explicou a autora na mesma entrevista.

João Pimenta e Fábio Fernandes

Trabalhadores da Lusa em vigília contra cortes e despedimentos


Cortes na Lusa põem em risco o "papel da Lusa", segundo o SJ
Os funcionários da Agência noticiosa Lusa entraram em vigília na passada segunda feira, dia 8 de Outubro, contra os cortes de 30% no financiamento da empresa anunciados pelo Governo. O anúncio do executivo lançou suspeitas junto da Comissão de Trabalhadores (CT) de futuros despedimentos na Agência.

Dezenas de trabalhadores concentraram-se junto das instalações da empresa, empunhando cartazes e entoando palavras de ordem contra a decisão do executivo de reduzir o orçamento da Lusa no contrato-programa para 2013. Com este corte, a Agência passará a dispôr de um total de 10,8 milhões de euros anuais.

O Ministro Miguel Relvas confirmou os cortes na Lusa
Um elemento da CT da Lusa considerou que os cortes colocam em causa o serviço público desempenhado pela empresa, deixando a sua "viabilidade em risco". O Sindicato de Jornalistas defendeu, em comunicado, "o papel fundamental e estratégico" da Lusa "no espaço de língua portuguesa e na difusão internacional da cultura portuguesa e lusófona". A CGTP mostrou-se igualmente solidária e condenou a desvalorização em curso do serviço público que a empresa presta ao país, apelando à unidade em torno dos sindicatos.

No dia 3 de Outubro, o ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares Miguel Relvas recebeu a CT da Agência Lusa e confirmou os cortes de cerca de 30% no financiamento da Agência previamente anunciados.

Hugo Dinis e João Paulo Teixeira

Público despede quase 50 trabalhadores


Desde que foi criado, o "Público" 
apresenta problemas financeiros.
O jornal "Público" anunciou ontem a intenção de despedir 48 trabalhadores, 36 dos quais jornalistas.

O objectivo da Sonaecom, a empresa que detém o jornal, é a poupança de 3,5 milhões de euros por ano, "assegurar a sustentabilidade" e "fortalecer a aposta no digital".

Uma das razões para o despedimento colectivo foi o prejuízo de 1,72 milhões de euros registado pelo jornal, no primeiro semestre deste ano, revela o Correio da Manhã. Ao fim de cinco anos,  o Público apresenta um prejuízo acumulado de 13 milhões de euros, avança o Expresso.

A empresa de Belmiro Azevedo teve lucros de 
38,1 milhões de euros nos primeiros seis meses de 2012.
Em resposta aos cortes anunciados pela empresa, os trabalhadores decidiram recorrer ao sindicato para tentar travar os despedimentos, através de possíveis greves.

Já no final de 2011, a administração do "Público" impôs um corte salarial aos trabalhores, depois de se terem oposto ao lay-off que afectaria mais de 20 pessoas, por um período de seis meses a um ano, como consta no "Diário Económico".



Ruben Gomes e Tiago Rodrigues

Público dispensa 48 trabalhadores


O jornal Público anunciou através de um comunicado esta quarta-feira que irá proceder a despedimento de 48 funcionários, entre os quais 36 jornalistas, para poupar cerca de 3,5 milhões de euros por ano. Este despedimento foi justificado pela administração da Sonaecom como fazendo parte de um plano de reducção de custos.

Neste comunicado o jornal divulgou que nos primeiros seis meses deste ano, o mercado dos jornais generalistas em Portugal vendeu menos 29 mil exemplares por dia face ao mesmo período do ano de 2011. Outro dos factores foi a quebra de 29 % das receitas publicitárias dos jornais nos últimos nove meses.

A direcção do Público afirmou que embora tenha feito acordos com os trabalhadores ao longo do tempo o futuro do jornal vai passar pelo formato digital, pois as reducções que foram feitas não foram suficientes para inverter o crescente prejuízo.

Os trabalhadores preparam-se para responder a esta dispensa através de uma greve. A comissão de Trabalhadores e o Conselho de Redacção do Público apresentaram uma moção para que se inicie o processo de greve com o intuito de impedir o despedimento anunciado pelo jornal.

Fontes: Meios e Pulicidade, Público

Marcelo Miranda e Sérgio Moitas

Jornal i, o mais premiado nos prémios ÑH


O jornal i foi o título português mais distinguido nos prémios ÑH. Conquistou duas medalhas de ouro, dez de prata e oito menções honrosas em várias categorias. Sendo ainda eleito o mais bem desenhado da Península Ibérica, na categoria com mais de 50 mil exemplares e o jornal de Leiria, na categoria até 15 mil exemplares, também ganhou o prémio de mais bem desenhado.

O jornal Público conquistou seis prémios e duas menções honrosas. Entre eles estão o de melhor capa de revista, pela capa do suplemento 2 dedicada à crise grega, e o de melhor site com p3.publico.pt (na categoria de menos de 12 milhões de visitantes). A revista Turbo saiu premiada dos ÑH com a distinção mais importante (prata, já que não houve ouro) na categoria de redesign gráfico. Sábado e Diário de Notícias também foram contemplados com várias distinções.

Os prémios ÑH, que distinguem o melhor design editorial de Portugal e Espanha, são organizados pela secção espanhola da Society for News Design. O encontro decorreu de 3 a 5 de Outubro, entre os 11 membros do júri na Faculdade de Comunicação da Universidade de Navarra, em Pamplona, Espanha. Em concurso estava 2.543 trabalhos, dos quais 236 eram em suporte online.

Sandra Maciel

Crise obriga a despedimentos no “Público”


O Jornal Público, do grupo Sonaecom, anunciou que pretende reduzir o número de funcionários, de modo a diminuir os custos verificados nos últimos cinco anos, que apresentam prejuízos na ordem dos 13 milhões de euros. Com esta medida, a empresa planeia poupar anualmente 3,5 milhões de euros.

O diário tenciona despedir 48 trabalhadores, sendo que 36 são jornalistas e os restantes pertencem a outras áreas da publicação. Entre os jornalistas despedidos, encontram-se alguns históricos da redacção como Bruno Prata, Carlos Pessoa e Luís Francisco. As áreas mais afectadas por este corte foram as de desporto, local e agenda. No total, a redacção sofreu uma redução de 28%, contando agora com 130 jornalistas no seu quadro.

O grupo Sonaecom considerou esta restruturação essencial e inevitável para assegurar "a sustentabilidade e sobrevivência do Público a curto prazo".  A empresa justificou ainda esta decisão, afirmando que as últimas poupanças efectuadas revelaram-se "insuficientes para inverter a tendência dos prejuízos verificados". No entanto, os leitores têm a garantia de continuar a ter "um jornalismo de qualidade e independente".

Depois de uma reunião, os funcionários agendaram um processo de greve com efeitos imediatos. Segundo a Comissão de Trablhadores e Conselho de Redacção, " este despedimento inviabiliza a continuidade do Público enquanto órgão de comunicação social de referência".

Mauro Carvalho e Tiago Amado

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Curso de Jornalismo na Lusófona: novidades 2012/13


Inglês, fotojornalismo, estágio curricular, horários diurnos compatíveis com um trabalho em part-time: são estas as novidades para o ano letivo 2012/13 da licenciatura em Comunicação e Jornalismo. Cinco anos após a abertura em 2007, a Direção do Curso fez um balanço, ouviu professores e alunos e introduziu as mudanças que fazem sentido. Assim, passam a existir aulas de inglês ao longo de cinco semestres, reservando-se o sexto para o fotojornalismo. Lança-se também a possibilidade de realizar um estágio curricular, integrado na avaliação do curso. Não menos importante – especialmente no contexto económico atual – os horários diurnos da Licenciatura em Comunicação e Jornalismo da Lusófona vão ser arrumados das 8.00 às 13.00, libertando as tardes para a eventual conciliação com um trabalho em part-time. A partir de Setembro, estudar jornalismo na Lusófona será uma aposta ainda melhor!


Juntar sonhos ao jornalismo

Partilhamos aqui um texto da Sara Cabral, licenciada em Comunicação e Jornalismo, que está a fazer um interrail do qual vai dando notícia na Visão online.

Actualmente, conseguir vingar no mundo jornalístico não é fácil. O mercado está cheio e, como um dia me disseram, parece que “as redacções não precisam” de nós. Mas, ficar parado à espera que tudo nos caia aos pés não é, a meu ver, a solução ideal para conseguirmos mostrar que podemos ser bons profissionais na área para a qual estudámos. É na geração desenrascada que está o futuro, e não naqueles que se lamentam por estarmos todos, de facto, “à rasca”.


É, então, importante, mostrarmos trabalho mesmo sem nos pedirem, procurar portas abertas mesmo que estas nos pareçam trancadas. E esta pró-actividade deve começar logo na altura da faculdade, quando ainda há tempo para tudo, sem muitas preocupações, porque, quando terminamos e sentimos não só o calor da responsabilidade, como muitas das espectativas defraudadas, tudo se torna ainda mais complicado.

Desde que completei o curso de Comunicação e Jornalismo, na Universidade Lusófona, em Setembro de 2011, que não tenho parado, a troco de nada, ou quase nada. Faço-o por amor à camisola.

O meu último projecto encontra-se agora em desenvolvimento, para a Visão online – trata-se de uma série de crónicas de viagem, cujo objectivo é levar os leitores a percorrer a Europa comigo, de comboio. O interrail que estou a fazer era um sonho de pequenina, no qual vi a oportunidade de realizar, em meu nome, um plano jornalístico interessante. Foram muitos os contactos que tive que fazer até chegar às pessoas certas. Mas, quando as encontrei, não as pude deixar escapar. Encontrar alguém que dê uma oportunidade a uma (pseudo-) jornalista não é fácil e, muitas vezes, a luta acabou por ser desesperante – as faltas de resposta são constantes e a falta de informação também é muita. Mas, se actualmente, é até bastante cansativo, também é verdade que é muito recompensador. Muito mesmo.

Conseguir juntar pequenos prazeres pessoais a trabalhos para o jornalismo pode ser um pequeno truque válido para ingressar, aos pouco, na área. Ou, pelo menos, para sermos conhecidos no meio jornalístico – o que nos permite deixar de ser simples estagiários (quase) anónimos. O projecto que estou a desenvolver é só mais um pequeno extra que transporto na minha mochila, que me possibilita juntar a paixão de conhecer o mundo àquilo que espero que seja o meu futuro profissional. Os pequenos sacrifícios, se é que os posso chamar assim, que me obrigo a fazer para escrever este ou aquele texto, acabam por ser parte integrante da minha viagem. E, sem eles, isto não faria tanto sentido.

Acompanhem as aventuras desta que é A experiência de uma vida aqui.


sábado, 28 de abril de 2012

À descoberta dos bastidores dos media


Na manhã de 3 de maio, José Carlos Abrantes discute o papel do Provedor do Telespectador, à tarde, a jornalista Diana Andringa, a presidente do CIMJ, Estrela Serrano e Pedro Tadeu, subdiretor do Diário de Notícias, conversam em torno do tema “O Lugar do Jornalismo e dos Jornalistas, hoje”. Todos participam no Dia Comunicação e Jornalismo, organizado pela licenciatura em Comunicação e Jornalismo da Lusófona.

Um dia diferente para professores, alunos e investigadores, mas dirigido também a quem tenha vontade de participar no debate. Inserido na iniciativa nacional “Um Dia com os Media”, que pretende aproximar os meios de comunicação social da sociedade civil, o objetivo é dar a conhecer os bastidores dos media e tem como enquadramento o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa.

O Dia Comunicação e Jornalismo é gratuito, mas carece de inscrição prévia obrigatória para o e-mail carla.ales@ulusofona, até às 17 horas de 2 de maio. Será atribuído certificado de participação aos inscritos, que têm de levar consigo o comprovativo da inscrição efetuada (ou seja, uma cópia do e-mail enviado com o pedido de inscrição).

quarta-feira, 28 de março de 2012

Curso on-line gratuito de jornalismo de religiões


O Centro Internacional para Jornalistas oferece um curso online sobre a cobertura de religiões minoritárias aos profissionais dos media do mundo inteiro. Orientado por David Briggs, jornalista há 25 anos da Associated Press, especializado em religião, o seminário pretende contribuir para uma cobertura crítica das questões relacionadas com as minorias religiosas. As inscrições estão abertas até 20 de Abril e o curso realiza-se de 14 de maio a 24 de junho. 

Alexandra Camacho

terça-feira, 27 de março de 2012

O futuro do Jornalismo em debate nacional


O Projeto Jornalismo e Sociedade do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia do ISCTE lançou fóruns de discussão pelo país. O primeiro teve lugar a 13 de Março, em Coimbra. O objetivo é debater o futuro do jornalismo, num ambiente de crise da imprensa, associada à económica. Até Setembro, o projecto passa por universidade e institutos politécnicos de Braga, Porto, Lisboa, Portalegre e Algarve.

João Fernandes

Curso de Segurança e Defesa para Jornalistas

Estão abertas até 30 de Abril as inscrições para a VI Curso de Segurança e Defesa para jornalistas, promovido pelo Instituto Nacional de Defesa (IDN). A formação decorre de 14 a 31 de Maio, nas instalações do IDN de Lisboa, com videoconferência para o Porto. “Quadro geral da segurança e defesa”, “Portugal e a política comum de segurança e defesa da União Europeia” e ”Segurança cooperativa e o papel dos médios em conflitos armados” são alguns dos temas que vão ser abordados.

Abraão Mabiala

segunda-feira, 19 de março de 2012

Suplementos do DN premiados



O Diário de Notícias arrecadou dois prémios Excelência 12+1 - European Newspaper Award com os suplementos semanais de economia “Dinheiro vivo” e de cultura, “Quociente de Inteligência”.

André Macedo, diretor de “Dinheiro Vivo”, considera que a distinção resulta do trabalho que tem vindo a ser feito “do ponto de vista gráfico e de conteúdo". Já o editor de “Quociente de Inteligência”, Nuno Galopim, explica que o suplemento publicado aos sábados “foi pensado como um espaço jornalístico que promovesse o prazer da leitura semelhante ao de quem lê um livro", apostando nos textos longos e ilustrações cuidadas.

Alexandra Camacho

Prémios de Jornalismo “Direitos Humanos e Integração”: candidate-se!


Estão abertas até 30 de Abril as candidaturas à 7ª Edição dos prémios de jornalismo “Direitos Humanos e Integração”, atribuídos pelo Gabinete para os Meios de Comunicação Social e Comissão Nacional da UNESCO. Os prémios destinam-se aos melhores trabalhos publicados em 2011 sobre direitos humanos e integração, em órgãos de comunicação social em suporte electrónico ou tradicional. Os prémios são atribuídos nas categorias imprensa, rádio e meios audiovisuais e têm o valor de três mil euros.

Eunice Braz

Mudam-se os donos, muda-se a direção


Eduardo Oliveira Silva vai ser o novo diretor do jornal “i” e escolheu para diretores-adjuntos Luís Rosa e Ana Sá Lopes, que transita da direção anterior. Para trás, Oliveira e Silva deixa o Centro de Formação da RTP. Pedro Costa, administrador executivo do “i” declarou à Lusa que estas alterações visam “fazer face aos novos desafios que se colocam à comunicação em geral”. Agradeceu também o trabalho desempenhado pelo anterior diretor António Ribeiro Ferreira, estando previsto que este se mantenha na publicação como redactor principal. As mudanças na direção surgem um mês após o empresário Manuel Cruz ter adquirido a posição de 66% que Jaime Antunes detinha no diário.

Daniel Wollscheid

sexta-feira, 16 de março de 2012

Alunos de Comunicação e Jornalismo na redação do DN

“Hoje, um jornalista precisa de saber fazer um pouco de tudo: escrever, editar, gravar um som, um vídeo”, explicou Pedro Tadeu, subdiretor do Diário de Notícias (DN) aos alunos do 1º ano de Comunicação e Jornalismo, durante uma visita à redação do jornal, a 14 de Março. Inaugurada há três meses, o espaço onde todos os dias nasce um novo número do jornal centenário e são criados os conteúdos multimédia do DN.PT é a redação multiplataforma mais moderna e bem equipada do país, com estúdio e postos de gravação de som e vídeo.


A visita dos alunos da Lusófona integrou-se no workshop “Trabalhar em Editorias”, organizado pelo Media Lab DN, e enquadrou-se nas disciplinas de Géneros Jornalísticos e Computação de Imagem Digital. Ao longo de três horas, os caloiros de Comunicação e Jornalismo, acompanhados pelos professores Carla Rodrigues Cardoso e Carlos Poupa, descobriram a sede do DN e a história do jornal fundado em 1864 por Eduardo Coelho e Tomás Antunes.

Organizados em redações de oito elementos, redigiram notícias e definiram a primeira página do jornal. Uma equipa de quatro voluntários realizou também pequenas entrevistas. A reportagem fotográfica da atividade e as primeiras páginas dos jornais ficaram de imediato disponíveis no site do Media Lab DN. A participação no workshop foi notícia no DN de 15 de Março e os vídeos das entrevistas estão disponíveis na página do Facebook do Media Lab.

segunda-feira, 12 de março de 2012

O outro lado dos media em discussão a 3 de maio



Na manhã de 3 de maio, José Carlos Abrantes discute o papel do Provedor do Telespectador, à tarde, a jornalista Diana Andringa, a presidente do CIMJ, Estrela Serrano e Pedro Tadeu, subdiretor do Diário de Notícias, conversam em torno do tema “O Lugar do Jornalismo e dos Jornalistas, hoje”. Todos participam no Dia Comunicação e Jornalismo, organizado pela licenciatura em Comunicação e Jornalismo  da Lusófona . Um dia diferente para professores, alunos e investigadores, mas dirigido também a quem tenha vontade de participar no debate. Inserido na iniciativa nacional “Um Dia com os Media”, que pretende aproximar os meios de comunicação social da sociedade civil, o objetivo é dar a conhecer os bastidores das notícias e tem como enquadramento o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa. O Dia Comunicação e Jornalismo arranca às 10.30, no Auditório Armando Guebuza, a entrada é livre e será atribuído certificado de participação a quem se inscrever em impresso próprio, disponível no local.

Prémio de Jornalismo promove expansão da cultura Açoriana

Decorrem até 9 de Setembro as inscrições para o prémio internacional de jornalismo Comunidades, uma iniciativa do Governo dos Açores e Direcção Geral das Comunidades. O prémio tem como principal objectivo contribuir para a expansão do território cultural dos Açores e uma melhor integração das comunidades imigrantes.

Ana Batista e Laura Pereira

Correio da Manhã é exceção

A queda nas vendas de jornais diários agravou-se, revela a Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem e Circulação. Os jornais que registaram uma descida mais acentuada foram o Diário de Noticias, com 23,6%, e o Jornal de Noticias com 4,4%. O Correio da Manhã é uma exceção: aumentou dez jornais na média diária e lidera o mercado com uma tiragem média diária de 122.914 exemplares.

Joana Mendes e Mariana Martinho

quarta-feira, 7 de março de 2012

O Novo Amanhecer de Murdoch


Após um escândalo que chocou o mundo e da queda do News of the World, Rupert Murdoch  promete dar carta no mercado dos semanários e esmagar a concorrência com uma impiedosa guerra de preços. O primeiro número do Sun on Sunday, versão dominical do The Sun, chegou dia 27 de fevereiro às bancas e para Murdoch é “um novo amanhecer” de um jornal “digno de confiança e respeitador da deontologia e da decência”. O título arranca com 120 páginas e uma tiragem de três milhões de exemplares, por meia libra (cerca de 60 cêntimos).                        

Mafalda Martins

Norte da Europa e Canadá mais seguros para jornalistas


A Reporters sans Frontières, dedicada à defesa dos jornalistas, divulgou o Press Freedom Index, um documento que permite conhecer os melhores e piores países para exercer a profissão. A edição de 2012 revela que países como a China, Síria, Iémen, Somália, Coreia do Norte e Irão estão entre os mais perigosos, e que os países mais seguros são os territórios do norte da Europa e o Canadá. A exceção vai para o Reino Unido que, tal como Portugal, é satisfatório, mas não ideal.

Diana Tavares