sábado, 13 de outubro de 2012

Crise obriga a despedimentos no “Público”


O Jornal Público, do grupo Sonaecom, anunciou que pretende reduzir o número de funcionários, de modo a diminuir os custos verificados nos últimos cinco anos, que apresentam prejuízos na ordem dos 13 milhões de euros. Com esta medida, a empresa planeia poupar anualmente 3,5 milhões de euros.

O diário tenciona despedir 48 trabalhadores, sendo que 36 são jornalistas e os restantes pertencem a outras áreas da publicação. Entre os jornalistas despedidos, encontram-se alguns históricos da redacção como Bruno Prata, Carlos Pessoa e Luís Francisco. As áreas mais afectadas por este corte foram as de desporto, local e agenda. No total, a redacção sofreu uma redução de 28%, contando agora com 130 jornalistas no seu quadro.

O grupo Sonaecom considerou esta restruturação essencial e inevitável para assegurar "a sustentabilidade e sobrevivência do Público a curto prazo".  A empresa justificou ainda esta decisão, afirmando que as últimas poupanças efectuadas revelaram-se "insuficientes para inverter a tendência dos prejuízos verificados". No entanto, os leitores têm a garantia de continuar a ter "um jornalismo de qualidade e independente".

Depois de uma reunião, os funcionários agendaram um processo de greve com efeitos imediatos. Segundo a Comissão de Trablhadores e Conselho de Redacção, " este despedimento inviabiliza a continuidade do Público enquanto órgão de comunicação social de referência".

Mauro Carvalho e Tiago Amado

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