quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Rogério Santos lança Indústrias Culturais

Rogério Santos, professor na Universidade Católica e membro e do CIMJ (Centro de Investigação Media e Jornalismo), lança o livro Indústrias Culturais – Imagens, Valores e Consumos no dia 25 de Outubro, pelas 19 horas, no Almedina Atrium Saldanha, em Lisboa. A obra vai ser apresentada por António Pinto Ribeiro e conta com o prefácio de Isabel Gil, directora da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa.

O ponto de partida do livro é o blogue Indústrias Culturais (http://industrias-culturais.blogspot.com), espaço que o autor alimenta diariamente e onde observa e comenta a realidade dos acontecimentos, faz a leitura de livros e artigos de jornais sobre a área e partilha os mesmos assuntos com outros investigadores ou simples leitores.

Desafio Europeu em debate

A propósito da apresentação do projecto Media DigIT, o Sindicato dos Jornalistas e o Cenjor organizam um painel de intervenções subordinadas ao título "Digitalização no Sector da Comunicação – Um Desafio Europeu " no dia 26 de Outubro de 2007, às 11H00, na Casa da da Imprensa (Rua da Horta Seca, 20 – Lisboa). Aqui fica o programa:

"A formação profissional dos jornalistas num mundo digital"
Fernando Cascais, Director do Cenjor

"Jornalismo e jornalistas: o desafio digital"
José Luiz Fernandes, Presidente da Assembleia Geral do SJ

"Mass Media/Self Media: tempos de transição"
Conferência por Carlos Correia
Director do Centro de Investigação para Tecnologias Interactivas
da Universidade Nova de Lisboa

Sessão Solene de Abertura do Ano Lectivo da ECATI

Convidam-se os professores e alunos de jornalismo da Lusófona a estarem presentes na sessão solene que assinala a abertura do ano lectivo da Escola de Comunicação, Artes e Tecnologias de Informação (a nova designação do DCCATI).
A sessão está marcada para hoje (25 de Outubro), a partir das 18.00, no Auditório Pessoa Vaz e o programa é o seguinte:

18h00 – Política científica e pedagógica da Escola de Comunicação, Artes e Tecnologias da Informação para 2008
José Bragança de Miranda
Assessor científico-pedagógico da Escola de Comunicação, Artes e Tecnologias da Informação

18h15 – Politica de equipamentos e infra-estruturas da Escola de Comunicação, Artes e Tecnologias da Informação
Manuel José Damásio
Director da licenciatura em Cinema, Vídeo e Comunicação Multimédia

18h25 – A Politica do ensino das artes da Escola de Comunicação, Artes e Tecnologias da Informação
José Manuel Gomes Pinto
Director da licenciatura em Ciências da Comunicação e da Cultura

18h30 – Conferência plenária “Fazer comunicação em Portugal Hoje”
Emídio Rangel

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

O novo jornalismo

Sobre a nova estrutura do jornalismo online vale muito a pena ler:
  • "Webjornalismo: Da pirâmide invertida à pirâmide deitada" de João Canavilhas da Universidade da Beira Interior também sintetizado no Online Journalism Blog
  • "O modelo do diamante nas notícias" de Paul Bradshaw do OJB que inclui igualmente um modelo de reorganização das redacções.

Muito interessante.

Repensando as redacções

Vale a pena ler o que se anda a fazer na reorganização dos jornais na AJR. Para sobrevir à Web.

domingo, 14 de outubro de 2007

O El País a mudar

O El País prepara-se para mudar dia 21. Reflexões do director Javier Moreno sobre as razões da mudança.

O feminino na imprensa

A construção do feminino na imprensa portuguesa constituiu o tema central das comunicações apresentadas por Cláudia Álvares, Carla Martins e Ana Jorge, nos dias 11 e 12, em Bruxelas, no European Communication Research and Education Association Symposium 2007, dedicado ao tema “Equal opportunities and communication rights: Representation, participation and the European democratic deficit”.

Esta participação permitiu dar a conhecer de forma integrada os resultados parciais do projecto de investigação do CICANT na Universidade Lusófona “A representação do feminino na imprensa portuguesa: representação, negociação e acção”, apoiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e coordenado por Cláudia Álvares.

As comunicações, inseridas no painel organizado pela mais jovem secção da ECREA, a de Género e Comunicação, partiram da análise discursiva dos jornais Público, Diário de Notícias, Correio da Manhã e 24 Horas. Uma síntese das comunicações pode ser consultada aqui .

"Por uma Cultura de Regulação"

Alcides Vieira, José Eduardo Moniz, José Leite Pereira, Luís Marinho e Vital Moreira sentam-se à mesa para debater o tema "Regulação e Cidadania" num dos painéis da primeira Conferência Internacional organizada pela Entidade Reguladora para a Comunicação Social.

Subordinada ao tema "Por uma Cultura de Regulação" a conferência realiza-se dias 24 e 25 de Outubro e reúne no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, representantes europeus de organismos reguladores dos media, jornalistas e investigadores da área das Ciências da Comunicação. A entrada é livre, mas sujeita a inscrição prévia no sítio electrónico da ERC (http://www.erc.pt), onde é possível também consultar o programa completo.

Radiografar a justiça portuguesa

António Marinho e Pinto lança Dura Lex – Retratos da Justiça Portuguesa no dia 15 de Outubro, através das Edições MinervaCoimbra, no Porto. O lançamento desta radiografia da justiça nacional está marcada para as 18h30, no El Corte Inglés de Gaia e a apresentação da obra estará a cargo de Carlos Magno. A obra já teve uma primeira sessão de lançamento em Lisboa, apresentada pelo fiscalista Luis Saldanha Sanches.

Com 37 anos, António Marinho e Pinto é advogado, jornalista e professor auxiliar convidado da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, onde lecciona as cadeira de Deontologia do Jornalismo, Direito da Comunicação e Noções Fundamentais de Direito na Licenciatura em Jornalismo.

Universidade Lusófona tem novo Reitor


Mário Moutinho tomou posse como novo reitor da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (ULHT) no dia 4 de Outubro, substituindo no cargo Fernando dos Santos Neves. Na ULHT desde o início do projecto, Mário Moutinho fazia já parte da equipa anterior de vice-reitores. Licenciando em Urbanismo e doutorado em Antropologia, tem com áreas de interesse científico preferencial, com várias obras publicadas, a antropologia cultural e social, a arquitectura e planeamento do território e a sociomuseologia.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

o fim do jornalismo e o último repórter

O fim do jornalismo e o último repórter


Natália Anastasyadi é uma pessoa invulgar. Não gosta que a tratem por Natasha – diz que todas as mulheres russas têm o mesmo nome. É professora de inglês em Kiev. Fala fluentemente russo, ucraniano, chinês, inglês e português. Ainda não chegou aos 25 anos de idade, é o fruto de um amor tardio entre uma muçulmana turca e um comunista grego. De um herdou a religião, do outro a memória e a nostalgia de um desencontro. O pai nasceu em Salónica, mas cedo deixou a terra natal, com toda a família, fugido das tropas nazis, rumo à Rússia da revolução bolchevique. Uma viagem que ficou a meio, no porto de Kiev, onde se perdeu para sempre do resto da família. Sozinho sem documentos, com 18 anos, num país estrangeiro, acabou preso, acusado de espionagem pelo regime de Estaline e enviado para um campo de concentração. Contraíu turbeculose nos longos anos de Gulag. O calvário de Anastasyadi só acabou, num sanatório da Crimeia, no exacto momento em que encontrou o amor nos braços da mãe de Natália. Casaram, tiveram uma filha, uma vida tantas vezes sonhada, até que um acidente de viacção o deixou incapacitado. Morreu quando finalmente atingira um pouco de paz. Deixou a mulher e a filha entregues a uma eterna saudade, uma melancolia, quase culpa. “Não tínhamos dinheiro para os remédios, se fosse hoje tinhamo-lo curado”, diz-nos Natália antes de mergulhar no silêncio húmido das coisas irreversíveis.

A inesquecivel história de Natália mora numa caderno de apontamentos guardado na gaveta das resportagens de um dia futuro. Ao lado de Selmina, a menina orfã, de idade incerta e caminhar recente, que um dia, de braços esticados, olhos negros, grandes, esbarrou na minha perna. Selmina só queria um pouco de colo. Tinha chegado há escassos dias ao Centro Nutriocional de Mecanhelas, no Niassa - uma espécie de cuidados intensivos para crianças e recém-nascidos que padecem de fome naquela região do norte de Moçambique. Como grande parte daquelas crianças, acolhidas por missionários católicos, Selmina pode estar contaminada com o virus da SIDA, mas ali não há meios de diagnóstico. Selmina está só, doente e com fome. Esquecer aquele olhar triste pousado repousado no meu ombro é impossível, virar costas ao drama dos orfãos da SIDA é um crime.

A Selmina e a Natália têm histórias diferentes. Ambas davam um filme, ambas merecem uma reportagem. Habitam essa zona de contacto entre o jornalismo e a literatura. Podem ser personagens do futuro do jornalismo – essa, digamos, actividade com fim anunciado a golpes do sensacionalismo economicista, do jornalismo do cidadão ou do subjectivismo preguiçoso.

Para que não sucumba à inutilidade e à vacuidade, o jornalismo (e os jornalistas) tem de encontrar respostas. Num cenário ética e economicamente agressivo e concentracionário, a grande reportagem é um caminho e uma resposta, ao contrário da informação paroquial, sem mundo, nem ideias, que se pratica um pouco por todo o lado. Em novos suportes - livros, ciber-livros, blogues, etc – mas também nos suportes tradicionais, inseridos na orgânica da empresas de comunicação social, a grande reportagem recupera devagar o lugar que se julgava perdido. E, apesar do panorama editorial suicidário, em Portugal há sinais encorajadores. As televisões generalistas, por exemplo, recuperaram a emissão de conteúdos e programas de grande reportagem em horário nobre e, imagine-se, os produtos são rentáveis quer ao nivel das audiências – batendo records de audiência, liderando ranking diários de rating e de share – quer ao nivel de vendas para o estrangeiro, quer ainda de patracíonios publicitários, por forma a atrair líderes de opinião, classes com maior poder de compra, públicos urbanos, no que tecnicamente se pode designar por classes A e B. Mais um mito que morreu de velho: reportagem e controlo de custos não são excludentes, um em relação ao outro.

É verdade que estamos longe da realidade de países desenvolvidos que promovem uma indústria da grande reportagem e do documentário, que estimulam o jornalismo de investigação. É certo que a grande reportagem ainda sofre o estigma dos produtos de luxo. Mas isso aumenta a amplitude da nossa tarefa enquanto jornalistas e repórteres. Temos, todos e cada um de nós, a responsabilidade de lutar pelas Natálias e pelas Selminas deste mundo. Até ao fim.

nota: texto publicado em "Jornalismo e Jornalistas" de Julho/Setembro 2007

I Seminário Infância, Jornalismo e Cidadania

David Buckingham,do Instituto de Educação da Universidade de Londres e Guilherme
Canela, coordenador científico da Agência de Notícias dos Direitos da
Infância (ANDI) do Brasil, são dois dos convidados internacionais do I Seminário Infância, Jornalismo e Cidadania, marcado para 5 e 6 de Novembro, em Lisboa, no Auditório II da Fundação Gulbenkian.
Durante o Seminário vão ser apresentados os resultados do Projecto "Crianças e Jovens em Notícia", coordenado por Cristina Ponte, da Universidade Nova de Lisboa e membro do Centro de Investigação Media e Jornalismo. Ponte é a responsável pelo lançamento deste encontro inédito em Portugal.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Ressuscitar jornais

A notícia vem no blogue brasileiro http://gjol.blogspot.com/ e dá conta de um jornal que vai renascer graças à web. As 108 mil páginas do Última Hora, jornal brasileiro que circulou entre 1951 e 1971, serão digitalizadas e colocadas gratuitamente na rede graças a um projecto do Arquivo Público do Estado de São Paulo. Se pensarmos nos jornais portugueses que desaparecerem nos últimos 30 anos e no espólio que, presume-se, existirá de alguns deles (Diário de Lisboa, Diário Popular, República e O Jornal, por exemplo) esta notícia seria um bom pretexto para os ressuscitar na web. Pelo memos desta vez a rede não seria vista como uma ameaça ao jornalismo impresso mas sim como uma nova forma de imortalizar os jornais.

Conferência RTP dia 18

A conferência internacional sobre a Evolução do Serviço Público de Televisão acontece na Gulbenkian dia 18 de Outubro, enquadrada nas comemorações dos 50 anos da RTP.

O encerramento está a cargo de Christian S. Nissen, professor da 'Copenhagen Business School', Dinamarca, ex-director Geral da Danish Broadcasting Corporation' e autor do relatório “Os Media de Serviço Público na Sociedade da Informação” do Conselho da Europa que também se pode encontrar aqui em versão completa.

Na abertura estarão o ministro dos Assuntos Parlamentares Augusto Santos Silva e o presidente da RTP Almerindo Marques.

O nosso estatuto editorial

Um blog - jornalismonalusofona.blogspot.com


Objectivo: abrir um espaço de partilha de informação, que seja um ponto de encontro de iniciativas das disciplinas e de iniciativas transversais. O blog
fornecerá informações úteis a professores e alunos desta área.

Incluirá chamadas de atenção sobre leituras, colóquios e links interessantes; partilhará documentos, intervenções públicas de professores e alunos; fomentará o debate de questões polémicas;
e dará particular atenção às iniciativas académicas assegurando a sua cobertura informativa com vídeo, fotos, sons e textos.

Um trabalho a desenvolver no âmbito da actividade pedagógica
e que viverá dos contributos de todos.
jornalismonalusofona.blogspot.com está já em fase experimental.
Pode partilhar alguns dos recursos a disponibilizar ao jornal.
Terá três administradores, funcionando todos os docentes da licenciatura como editores.

domingo, 7 de outubro de 2007

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Parabéns!

Parabéns, Helena, pela criação do blog "Jornalismo na Lusófona"!!

Nascemos

Jornalismo na Lusófona nasce hoje.
Um olhar para a comunicação e jornalismo dos pontos de observação académico e prático.
Em debate e reflexão a partir da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias.