sábado, 27 de outubro de 2012

Trabalhadores do New York Times ameaçam fazer "greve de assinaturas"


Divergências sobre planos de saúde, pensões e salários motivaram os trabalhadores do New York Times (NYT) a ameaçar entrar em "greve de assinaturas" nas peças produzidas. Proposta durante as negociações entre o sindicato dos trabalhadores e a direcção do jornal, o protesto motivaria os jornalistas da publicação a editarem os seus textos e fotografias sem as assinar.

Apesar de ainda não existir data marcada para o começo da greve, o Presidente do Sindicato dos trabalhadores do NYT Grant Glickson afirmou, em e-mail enviado à Associação Mundial de Jornais e Editores de Notícias (WAN-IFRA), que esta é uma "táctica comum no jornalismo há décadas" e "a mensagem de insatisfação mais forte que os jornalistas podem enviar à direcção".

Numa disputa que já leva mais de 19 meses de duração, a direcção do jornal procura ainda encontrar uma solução para responder às reivindicações dos seus trabalhadores. O contencioso já motivou cerca de 400 funcionários do NYT a avançarem para uma greve no início do mês, com os trabalhadores a permanecerem dez minutos em frente à sede do jornal para pressionar a direcção a aceitar as exigências do sindicato.

Embora Glickson reafirme que a greve só terá lugar em último recurso, não deixa de assegurar que "é vital que os jornalistas estejam preparados". A direcção do jornal recusou comentar a possibilidade avançada pelo Sindicato dos Trabalhadores do NYT.

Hugo Dinis e José Miguel Carpinteiro.

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