sexta-feira, 24 de outubro de 2014

ÉBOLA: A política dos média.

Ébola e os Media, por André Carrilho
A 10 de Agosto foi publicado um cartoon no Diário de Notícias sobre o ébola. Mais do que retratar a violência do vírus, a imagem espelhou a diferença de tratamento da comunicação social perante os casos registados em África, em relação aos do Ocidente.

Na altura a caricatura retratou uma realidade distante, mas tudo mudou com o caso da enfermeira espanhola infectada, ao mostrar uma Europa alarmada, receosa, e com respostas pouco eficazes para os casos suspeitos.

André Carrilho, possivelmente desconhecido para a maioria, é um dos nomes obrigatórios quando se fala de cartoons ou ilustrações. O português já teve o seu nome no jornal Público, e agora assina de forma periódica cartoons no Diário de Notícias. Requisitado por publicações estrangeiras como o The New York Times, The New Yorker ou Vanity Fair, ganhou ainda vários prémios nacionais e internacionais.

Apesar da caricatura ter saído numa edição em papel do DN  há já dois meses, a verdade é que foi nas últimas duas semanas que a imagem se tornou viral  nas redes socias, como o Facebook e o Twitter, e que foi também alvo de análises de jornais e sites noticiosos.

Acerca da desigualdade de tratamento com os doentes portadores do vírus em África, face aos do Ocidente, o artista concretizou melhor a sua ideia ao Mic Online: “As pessoas no continente africano são mais olhadas como uma estatística abstrata do que como um paciente nos Estados Unidos ou na Europa”.

A 12 de outubro, André Carrilho publicou o seu segundo cartoon sobre o tema, o vírus ébola, no Diário de Notícias. Desta vez, a imagem retrata o pânico gerado no transporte de passageiros via aérea e nos perigos de contágio associados.

Fontes: PúblicoO Observador, Mic Online
Imagem: Público

Afonso Araújo

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