quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Padres e jornalistas com licença de porte de arma


Jornalistas aprendem a disparar num campo de tiro nas Filipnas
A nova lei entra em vigor este mês nas Filipinas, permitindo a profissionais que exercem actividades de risco o uso de armas para se protegerem. Médicos, padres, jornalistas e contabilistas filipinos, a partir deste mês, tem a possibilidade de ter licença de uso e porte de arma, numa lei que promete gerar controversia.

Aprovada em 2013, a nova lei vai permitir a profissionais de sectores muito variados (enfermeiros, engenheiros, banqueiros e advogados estão também incluídos) e considerados de risco eminente, o poder de carregarem consigo pequenas armas de fogo enquanto estiverem fora de casa e no trabalho. Para que a licença de uso e porte de arma seja aprovada, os profissionais dos sectores em questão terão de realizar testes psíquicos e de despiste de drogas e provar que não têm qualquer condenação superior a dois anos de prisão.

No que diz respeito aos jornalistas, a introdução desta lei pode até trazer boas notícias. Tendo em conta o índice (de 2002 a 2011) do Comité de Protecção de Jornalistas, as Filipinas são o terceiro país em que pelo menos cinco jornalistas morrem e o Governo falha na captura e acusação dos assassinos. Num país com milhares de armas não registadas, as autoridades filipinas acreditam que esta nova lei poderá trazer alguma regulação às armas.

"Os padres devem ser homens de paz, não de guerra", disse o bispo José Oliveiros, ao jornal da "União Católica Asiática". De acordo com a notícia divulgada pelo Expresso, quando nem todos estão satisfeitos os padres são os maiores críticos, e a sociedade precisa de paz e não de mais violência.

Alícia Maravilha

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