terça-feira, 3 de março de 2015
Amnistia Internacional cria software contra espionagem a jornalistas
A Amnistia Internacional (AI) lançou no passado dia 20 de Novembro o Detekt, um programa gratuíto para jornalistas e activistas que possam vir a ser alvo de vigilância por software por parte dos governos.
“Os governos estão a recorrer cada vez mais a tecnologia perigosa e sofisticada", disse Marek Marczynski, responsável pelo programa de Segurança, Polícias e Forças Armadas da AI. Marczynski mostrou-se preocupado com as tentativas de acesso aos emails de activistas e jornalistas e ainda aos equipamentos dos profissionais para que o governo consiga evitar que escândalos e abusos sejam divulgados.
O objectivo do Detekt é combater o controlo sobre os meios de comunicação. Esta ferramenta foi desenvolvida pelo alemão Claudio Guarnieri e foi lançada em parceria com a AI, Digitale Gesellschaft, Electronic Frontier Foundation e Privacy International.
Estas vigilâncias incluem a leitura de emails pessoais, recolha de informações dos discos rígidos, o controlo das câmaras e microfones com o propósito de recolher e gravar informações que possam comprometer organizações.
O Detekt emite também um alerta para aqueles que estiverem prestes a ser alvo de invasão e funciona como "um contra-ataque aos governos" que usam as informações "para prender ilegalmente e até torturar defensores de direitos humanos e jornalistas", afirma Marczynski.
Este software é de fácil instalação e utilização mas está disponível para download apenas para computadores com Windows.
A Amnistia Internacional vai agora apostar no trabalho junto dos jornalistas e activas para que possam aprender a usar o sistema "e fazerem testes de diagnóstico regulares nos seus equipamentos".
Ana Antão, Marta Mendes e Patrícia Franco
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