Jornal Ilhota |
Em 2012, o número de jornalistas presos a nível mundial atingiu um valor recorde, num total de 232 repórteres, de acordo com dados revelados pelo Comité para a Proteção dos Jornalistas (CPJ). No dia 1 de Dezembro deste ano, o CPJ registava mais 53 jornalistas presos do que em 2011, sendo este o valor mais elevado desde que a organização começou a realizar a contagem, há 22 anos.
Os três países com maior número de jornalistas presos são a Turquia com 49 detidos, o Irão com 45 e a China com 32. O diretor executivo do CPJ, Joel Simon referiu que "Estamos a viver numa era em que as acusações de se ser contra o Estado e o rótulo de terrorista se tornaram nos meios preferidos dos governos para intimidar, deter e prender jornalistas", acrescento ainda que "criminalizar a cobertura de tópicos inconvenientes viola, não apenas a lei internacional, mas impede os direitos dos povos do mundo de reunirem, disseminarem e receberem informação independente".
Para combater este problema, Joel Simon defende que "temos de lutar contra governos que procuram cobrir as suas táticas repressivas com a bandeira do combate ao terrorismo. Devemos avançar com mudanças legislativas em países onde o jornalismo crítico está a ser criminalizado e defender todos aqueles que estão na prisão", sendo que "a Internet em si permanece uma plataforma aberta e global".
Mauro Carvalho e Tiago Amado
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