domingo, 12 de janeiro de 2014

Repórter turco é libertado na Síria, após 40 dias sequestrado


Jornalistas demonstraram contra raptos de jornalistas na Síria. Foto: Today's Zaman
Bunyamin Aygun, do jornal “Milliyet” foi o mais recente caso de rapto, na Síria. O jornalista desapareceu quando foi entrevistar o líder rebelde do grupo jihadista. De acordo com o jornal sírio "Today's Zaman", os responsáveis pelo sequestro seriam do Estado Islâmico no Iraque e Levante, ligado à Al Qaeda.

Centenas de jornalistas turcos manifestaram-se este sábado, em Istambul, para denunciar o desaparecimento de dezenas de colegas que cobriam o conflito na Síria. Os manifestantes, para além de fazer pressão sobre o executivo para obter a libertação de Bunyamin, também apelaram às várias fações sírias, para que estas libertassem todos os jornalistas em cativeiro. Jornalistas mostraram o seu descontentamento, em Istambul e exigiram a libertação do repórter e fotografo turco, que estava sequestrado há 40 dias.
O jornalista Can Ertuna disse que, neste momento, 30 colegas de vários países “estão dados como desaparecidos na Síria. Bunyamin é apenas mais um. Desde o último ano e meio, muitos jornalistas têm medo de ir à Síria, porque já não existe qualquer segurança."

O Instituto Internacional da Imprensa diz que a Síria é o país mais perigoso do mundo para os jornalistas. Em 2013, 16 repórteres foram mortos no exercício da profissão. Segundo a organização "Repórteres Sem Fronteiras", 27 jornalistas perderam a vida na Síria desde o início do conflito, em março de 2011.

Ana Rita Soares e Carolina Sá Pereira

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