Privatização dos CTT aberta a críticas

Privatização dos CTT foi alvo de criticas pelos partidos de esquerda
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O processo considerado "essencial" pelo Governo para a credibilidade do país, a privatização dos CTT, foi esta quarta-feira alvo de várias críticas por parte dos partidos de esquerda. O Governo assegurou que este processo não vai comprometer o serviço público.

O parlamento voltou a discutir a privatização dos CTT. A apreciação parlamentar do decreto-lei do Governo para esta medida, aprovada em Julho, foi iniciativa do PCP. Os Verdes e o Bloco de Esquerda em conjunto com o PCP apresentaram projectos resolução o fim da medida, a ser votados na próxima sexta-feira.

Sérgio Monteiro, Secretário de Estado das Comunicações, voltou a afirmar que, independentemente dos accionistas, a qualidade do serviço postal "nunca estará em causa" e que o processo não implicou nenhum despedimento. Sérgio Monteiro disse ainda que a privatização deste órgão "servirá para abater a dívida pública, o défice e desta forma consolidar as contas públicas, e não através de medidas que podiam aumentar o grau de sacrifício da população"

Bruno Dias, deputado do PCP, defende que esta privatização vai servir para pagar um serviço postal "cada vez mais pobre" para as populações e o "lucro privado cada vez mais rico". Pelos Verdes, José Luis Ferreira, acusou o Governo de estar a "virar costas" ao interesse público e, argumentou que os CTT são "um exemplo de prestação de um bom serviço e uma fonte de receitas para o Estado".

Fontes: JN, Económico

Eunice Braz