quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Propostas na redução da informação na RTP geram demissões
Três dos dez elementos que constituiam o grupo de trabalho que o Governo nomeou para a definição do conceito de serviço público de comunicação social demitiram-se, e já não vão assinar o documento que deverá ser entregue ao ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, na próxima segunda-feira. A proposta de reestruturação da RTP, defende que a informação deve ser o eixo estruturante da televisão pública.
As demissões de João Amaral, jurista e director de edições gerais do Grupo Leya, e do jornalista e ex-director da Rádio Renascença e do PÚBLICO, Francisco Sarsfield Cabral, ocorreram em Outubro, mas ainda não tinham sido divulgadas. A estas juntou-se a da ex-jornalista e actual pró-reitora da Universidade do Minho, Felisbela Lopes.
"Saio porque não assino nenhum documento que não considera a informação o eixo estruturante do serviço público e porque algumas das sugestões que estão incorporadas no documento colidem com aquilo que defendo para o serviço público", declarou. "Fico boquiaberta perante um documento que propõe a redução da informação na RTP", disse, sublinhando que "qualquer tese que vá no sentido do encerramento da RTP Informação contará com a minha oposição".
Mas nem todas as demissões terão que ver com o conteúdo do relatório. João Amaral, alegou exclusivamente razões de ordem pessoal na curta carta que entregou a Miguel Relvas. Segundo o Jornal Público, o jurista recusou dar pormenores, centrando o seu afastamento na esfera de motivos pessoais.
Raquel Moás e Melissa Completo
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