sábado, 26 de novembro de 2011

José Manuel Fernandes afirma que governo deve ter pouco espaço para intervir na RTP


O jornalista e membro do grupo de reflexão do serviço público José Manuel Fernandes considerou que é necessário haver presença do Estado na RTP mas com limites, no debate "O Futuro da RTP: Informação ou Propaganda?".

Fernandes acredita que para se garantir liberdade e o pluralismo na RTP é preciso assegurar "mais operadores e mais pontos de vista". "Não acredito numa intervenção garantido abstractamente um pluralismo medido ao milímetro" sublinha.

Para o jornalista acreditar num pluralismo puro é fachada. Ainda para mais porque as pessoas "acedem à informação" que está "cada vez mais pulverizada" e "menos dependente dos meios de informação tradicionais." "Estou atento ao que se está a passar e levei isso em conta" afirma José Manuel Fernandes.

No debate sobre o futuro da RTP, Azeredo Lopes lançou a polémica quando afirmou que é lamentável o português em que o relatório está escrito. Para o ex-presidente da ERC não compreende a "lógica discursiva do documento" porque há "contradições flagrantes". Vai mais longe e afirma que não consegue "perceber quem escreveu o quê e quem escreveu". Azeredo Lopes deu como exemplo o erro em considerar um CD um Media ou a confusão entre Governo e Estado, para além de erros históricos existentes no relatório.

José Manuel Fernandes não reagiu bem e considerou inaceitável acusarem o grupo de ignorantes. Acusou Azeredo de ter dito "preconceitos sobre o serviço público" e realçou que o relatório têm conclusões de consenso. "Quando há sete pessoas que fazem um texto em comum, não é o texto de cada uma das pessoas", esclarece.

O futuro da RTP em debate no DN - TV & Media - DN

Gonçalo Correia e João Costa

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