terça-feira, 13 de maio de 2008

Juan Luís Cebrián debate economia dos media na Lusófona

Juan Luís Cebrián, fundador do El País e Vice-Presidente do Grupo Prisa, debate na Universidade Lusófona, esta quinta-feira, 15 de Maio, pelas 18 horas, “A Economia dos Media em Portugal e Espanha, Hoje". A evolução do mercado ibérico dos media e as implicações dos fenómenos económicos no exercício da profissão do jornalista são algumas das questões que vão estar em cima da mesa, numa conferência apresentada e comentada por António José Teixeira, Subdirector de Informação da SIC e Director da SIC Notícias.

Jornalista há mais de trinta anos, académico e escritor, Juan Luís Cebrián acumula o cargo no Grupo Prisa com a vice-presidência da Sogecable, o grupo espanhol líder na televisão por cabo, responsável pela introdução da televisão digital e dos serviços interactivos no país vizinho.

Membro da Real Academia Espanhola, Cebrián estudou Filosofia na Universidade Complutense de Madrid e licenciou-se na Escola Oficial de Jornalismo de Madrid em 1963. Foi director-fundador do diário El País e presidiu o Instituto Internacional de Imprensa. Fundou também a revista Cuadernos para el diálogo, trabalhou como chefe de redacção e subdirector nos diários Pueblo e Informaciones de Madrid e dirigiu os Serviços Informativos da Televisão Espanhola. É autor de várias obras, algumas delas traduzidas para português como Cartas a um Jornalista, O Fundamentalismo Democrático e Francomoribundia, a última publicada.

A conferência "A Economia dos Media em Portugal e Espanha, Hoje", realiza-se no Auditório Agostinho da Silva, situado no campus da ULHT, (Campo Grande, 376), no âmbito do Ciclo de Conferências ECATI 2008, que assinala a criação da Escola de Artes, Comunicação e Tecnologias da Informação da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Jorge Sampaio, jornalismo e transparência

O ex-presidente da República Jorge Sampaio defendeu que os 'media' deviam divulgar os seus principais anunciantes.

O tema - é um de vários - está a ser debatido no domínio do Jornalismo Económico por iniciativa da Comissão de Mercados de Valores Mobiliários (a polícia da bolsa) que desafiou os jornais a autoregularem-se criando um Código de Boas Práticas que reforce a transparência e minimize o risco de manipulação do jornalismo financeiro pelas fontes.

O caso da "OPA dos chineses sobre o Benfica" - a notícia de uma OPA suportada em fonte anónima a que se acrescentava o valor da oferta com fonte identificada e que acabou por se revelar falsa mas que permitiu a alguns ganharem dinheiro - tem servido de exemplo para ilustrar a necessidade de os jornalistas económicos e financeiros aceitarem a auto-imposição de algumas regras.

Aqui fica como exemplo o Código de Práticas do Financial Times.
Não encontramos ali a obrigação de o FT publicar os seus principais anunciantes e tenho dúvidas se é preciso ir tão longe.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Doutoramento Honoris Causa em Museologia para Gilberto Gil

Depois de Marcelino dos Santos, a Universidade Lusófona distinguiu uma segunda personalidade com o grau de doutor honoris causa. Aconteceu no dia 16 de Abril, no Auditório Agostinho da Silva e os alunos da turma da noite de Comunicação e Jornalismo estiveram lá. Aqui fica o registo da notícia.

Gilberto Gil recebeu na Universidade Lusófona, em Lisboa, o doutoramento honoris causa em Museologia. "Os museus são casas vivas, casas de cultura, casas onde se pode sonhar", explicou ao receber o diploma. O Ministro da Cultura brasileiro, conhecido mundialmente como cantor e compositor, já criou 2500 museus, como o Museu da Maré, no Rio de Janeiro, e planeia fazer chegar estes espaços de cultura ao interior das favelas.
A cerimónia de doutoramento foi presidida por Mário Moutinho, reitor da universidade, e por Manuel Damásio, administrador do Grupo Lusófona, que descreveu o homenageado como sendo “uma figura marcante no espaço lusófono” e afirmou que o músico e ministro “equilibra como poucos a intervenção artística com a intervenção política”.
Alípio de Freitas, presidente da Associação José Afonso e amigo do Ministro da Cultura brasileiro, proferiu a intervenção laudatória e classificou Gilberto Gil como “o expoente máximo da música popular brasileira”, afirmando que o doutoramento honoris causa é "uma justa homenagem pelas suas qualidades como cidadão do mundo".
O recém-doutorado fez questão de sublinhar a sintonia entre Portugal e o Brasil, marcada pela presença na cerimónia do Ministro da Cultura português, José António Pinto Ribeiro. Depois de ironizar sobre o novo acordo ortográfico, desdramatizando polémicas, Gilberto Gil sublinhou que "a língua portuguesa é um notável património mundial da humanidade" que “estabelece pontes” e "une" os países lusófonos.
A cerimónia, que reuniu diplomatas, académicos e estudantes, terminou com música. Primeiro, foi Gilberto Gil que presenteou a plateia com a sua arte. À saída, foi a vez do Ministro da Cultura brasileiro ser surpreendido pela Samarituna, a tuna feminina da Universidade Lusófona, que tocou e cantou para o compositor baiano.
Redacção: Fabíola Papali, Manuel Lage e Miguel Lopes
Edição: Carla Rodrigues Cardoso
Géneros Jornalísticos
1º Ano – Turma N1 – Licenciatura em Comunicação e Jornalismo

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Ecos de Michael Schudson na FLAD

Quinze alunos da turma diurna do 1º ano de Comunicação e Jornalismo da Lusófona tiveram o privilégio de se deslocar à FLAD e ouvir Michael Schudson na sua primeira conferência em Portugal. Aqui ficam alguns excertos das notícias que mais tarde redigiram em aula e a certeza que os ecos do sociólogo norte-americano lhe serão úteis ao longo do resto da licenciatura.


“Até o céu se abriu para me receber”, foi com este primeiro comentário acerca da sua visita a Portugal que Michael Schudson iniciou a conferência e marcou o tom de proximidade com o auditório. Durante cerca de cento e vinte minutos, o sociólogo falou de Democracia citando como exemplo a evolução do sistema eleitoral norte-americano e a forma como os cidadãos passaram a dar-lhe uma nova importância. Afirmou que “o futuro do jornalismo é uma incógnita, uma vez que está em constante renovação”
Irina Freitas

O professor americano afirmou que o jornalismo, como forma de comunicação, deve manter uma empatia social com os seus receptores tendo como função mobilizar a opinião geral. Deste modo, concluiu que, com a complexidade das democracias modernas, o leitor deve manter-se bem informado, sendo que a opinião é “um pré-requisito” e os jornalistas não devem apenas preocupar-se em cumprir prazos e dar notícias.
Ana Filipa Cordeiro

Preocupado com a baixa participação dos cidadãos nas eleições, Michael Schudson referiu que "a política pode ser vista como entretenimento, como uma novela que mantenha as pessoas interessadas". O sociólogo sublinhou a capacidade de os "media tornarem a política numa fonte de entretenimento" e defendeu que “a política funciona como no ensino, é preciso estimular a sua participação” e os media podem desempenhar aí um papel essencial.
Hugo Maduro, Joana Gonçalves e Silvana Veiga

“Devem os média envolver os cidadãos na vida social?” questionou-se Michael Schudson. A propósito do papel dos média durante os processos eleitorais, Schudson defendeu que as pessoas devem votar conscientes do que estão a fazer. Os meios de comunicação social têm um papel fundamental, uma vez que as notícias se constituem como veículos importantes para a democracia. Os média, “iceberg dos comportamentos sociais e uma grande parte da cultura" devem informar de forma leal e objectiva.
Edi Hernandez, Jean Paul Lopes e Joana Facas

Schudson elogiou a missão das notícias, que devem ter como função "educar a população sobre o funcionamento da democracia moderna". Apesar de reconhecer que um dos problemas do jornalismo moderno é a “publicação sem informação suficiente para fazê-lo”, sublinhou o papel da investigação jornalística, que cria uma “imprensa vigilante”. Infelizmente, “a análise como função democrática é muito cara e há poucas organizações interessadas em investir", concluiu.
Joana Gonçalves e Silvana Veiga

Edição: Carla Rodrigues Cardoso
Géneros Jornalísticos
1º Ano – Turma D1 – Licenciatura em Comunicação e Jornalismo

terça-feira, 15 de abril de 2008

Lusófona debate informação na imprensa


“Imprensa Popular e Imprensa de Referência" é o tema que Daniel Ricardo, editor executivo da Visão, e Pedro Tadeu, director do 24Horas, debatem dia 21 de Abril, segunda-feira, no Auditório Alexandre Pessoa Vaz da Universidade Lusófona, a partir das 18.00.

A quarta conferência do ciclo “Comunicação e Jornalismo no séc. XXI”, organizado pela Licenciatura em Comunicação e Jornalismo da ULHT, propõe-se analisar uma fonteira informativa de contornos, a cada dia que passa, mais problemáticos.

Pelo Campo Grande, em Lisboa, já passaram ao longo das três conferências anteriores: Ricardo Costa, director-geral adjunto da SIC, João Palmeiro, presidente da Associação Portuguesa de Imprensa e Francisco Seixas da Costa, embaixador de Portugal no Brasil.

domingo, 13 de abril de 2008

Media influenciam processo legislativo

“Até que ponto os Media influenciam o processo legislativo?” foi a questão que conduziu a investigação de Sara Pina ao longo da sua dissertação de mestrado, defendida sexta-feira, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
Procurando analisar a acção dos media como fontes informais de Direito Penal e Direito de Processo Penal, Sara Pina afirmou que “os media são uma forma essencial na auscultação que os políticos fazem das inquietações públicas” e existe, de facto, "uma influência dos media na produção legislativa".
Cruzando análise de imprensa aos jornais Público e Correio da Manhã, com entrevistas a figuras públicas da Justiça em Portugal, Sara Pina escolheu como case study o caso Casa Pia e as suas implicações na reforma penal de 2007.
Sobre o mediático processo de pedofilia ainda em curso, Sara Pina concluiu que as alterações legais foram de pendor garantístico, em defesa dos direitos dos arguidos, ao contrário de outros casos internacionais semelhantes, com consequências securitárias ou punitivas, que beneficiaram as vítimas. A investigadora deu como exemplo o tempo de interrogatório dos arguidos, que até à reforma de 2007 se podia prolongar durante várias horas e agora tem um período máximo de quatro horas.
O júri, presidido por Hermenegildo Borges e composto por João Pissarra Esteves (orientador) e Pierre Guibentif (arguente), sublinhou o carácter interdisciplinar da abordagem e atribuiu nota máxima ao trabalho conduzido pela docente de Jornalismo da Universidade Lusófona.

Notícia redigida por:
Edi Hernandez
Hugo Maduro
Jorge Almeida
Rui Joaquim

Edição: Carla Rodrigues Cardoso
Géneros Jornalísticos
1º Ano – Turma D1 – Licenciatura em Comunicação e Jornalismo

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Michael Schudson na FLAD dia 14 de Abril





Michael Schudson debate "A Cidadania e os Media" dia 14 de Abril, pelas 17.30, na Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento. O longo subtítulo em inglês da palestra ("How Americans Became Citizens and How the News Media Serve and Underserve Them") deixa adivinhar a riqueza da proposta para esta tarde de segunda-feira. A entrada é livre, mas aconselha-se a marcação prévia de um lugar através do e-mail fladport@flad.pt.

O teórico norte-americano, figura de referência na área da sociologia dos media, é professor na Universidade da Califórnia desde 1980 e será apresentado por Mário Mesquita. A conferência de Michael Schudson é moderada por Isabel Gil, da Universidade Católica, e terá comentários de André Freire (ISCTE) e Maria João Silveirinha (Universidade de Coimbra).

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Um dos problemas da especialização

É um caso que vale a pena guardar para estudar um dos problemas que o jornalismo especializado tem. Hoje na página de abertura da secção de Economia do Público de hoje (sem link disponível):

"Auditoria à luta contra nemátodo
do pinheiro confirma derrapagens"

quarta-feira, 2 de abril de 2008

O caso Sonae e o dever de informar

A Sonae SGPS resolveu este ano inovar na apresentação das suas contas de 2007. Os factos são estes:


  1. Fez um evento designado "Sonae Circle" no qual apenas se poderia entrar por convite. Para o acontecimento foram convidados analistas, gestores, fornecedores e accionistas.
  2. Os jornalistas só poderiam entrar se tivessem convite. Foram convidados apenas jornalistas com cargos de direcção ou edição que podiam fazer perguntas. A regra geral nas empresas, cotadas em bolsa ou não, é informarem a data e hora da conferência de imprensa de apresentação de resultados cabendo à edição do jornal designar o jornalista que lá vai, em regra o que acompanha o tema.
  3. Toda a informação sobre as contas do grupo Sonae foram disponibilizadas no site "Sonae Circle" assim como, obviamente e como a lei exige, no site da Comissão de Mercados de Valores Mobiliários.
  4. Os quatro gestores do grupo concederam uma entrevista a um dos subdirectores do Diário Económico colocada em vídeo no "Sonae Circle". Podia-se ver como uma das identificações: "Entrevista 'powered' por Diário Económico". No dia seguinte a entrevista foi publicada no Diário Económico.

Descrevo estes acontecimentos fundamentalmente porque gostaria de debater o que se passou. Faço desde já uma declaração de interesses: além de leccionar na Lusófona assumo neste momento funções de subdirectora no Jornal de Negócios.

Desde já faço os seguintes comentários ao caso na perspectiva do jornalista:

  1. Os leitores em geral e os accionistas, fornecedores, clientes e trabalhadores do grupo Sonae ficaram a perder porque não estiveram presentes na reunião - não se pode designar como conferência de imprensa - os jornalistas que seguem o grupo. A Sonae não foi, em princípio, confrontada com perguntas que poderiam ser incómodas. (Não me pronuncio na perspectiva da comunicação nem da lei que regula o mercado de capitais, nomeadamente no que diz respeito a exigências de informação)
  2. O que deve fazer um jornalista, editor ou director numa situação destas? Um exercício possível é pensar no jornalismo em geral e não no jornalismo especializado. Na pureza dos princípios não devem ser os protagonistas das notícias a escolher o jornalista mas sim o meio de comunicação. Mas assim sendo, não deveria ir ninguém ao evento? Pois não sei. Uma decisão drástica como essa ainda prejudicava mais os leitores.

E fico por aqui.

Espero que este tema seja suficientemente convidativo para o debatermos.

Voos sobre a literatura portuguesa e norte-americana

Até Julho, a Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento promove a iniciativa "Asas sobre a América", coordenada por Filipa Melo. O objectivo é criar espaços de debate e reflexão sobre a literatura, os autores e as questões que cruzam oceanos e ultrapassam as fronteiras literárias portuguesas e norte-americanas. Os estudantes que assistem a cada uma das sessões têm ainda a oportunidade de participar num concurso que elege o melhor relato de cada conferência e atribui um prémio em livros. A entrada em todas as sessões é gratuita.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

A contradição enquanto notícia inútil

Eram quase 11 horas da noite. Dirigia-me para a ponte Vasco da Gama. Nas notícias das 11 oiço que houve um acidente na Ponte no sentido Norte/ Sul; a Lusoponte diz que o trânsito já circula normalmente; a polícia afirma que a ponte ainda está congestionada. Conclusão que oiço: há assim uma contradição entre a empresa gestora da ponte e a polícia.

Nunca compreendi tão bem a inutilidade e até a menos-valia da contradição enquanto notícia. A partir daquele momento iniciei uma condução ansiosa, irritada pelas horas que ainda ia passar a conduzir... E afinal a ponte estava limpa de trânsito.

Para que servem estas notícias da contradição que frequentemente fazem as nossas delícias de jornalistas? Na esmagadora maioria dos casos não servem para nada.

Há casos em que é impossível dar ao leitor a visão da realidade. Há muitos exemplos destes no jornalismo económico e até no político. Na economia existem contradições entre indicadores - muitas vezes porque as medidas usadas são diferentes como acontece no desemprego -, contradições nas análises; diferenças nas previsões... em que não é possível dizer ao leitor "esta é a realidade".

Mas o caso do trânsito não é seguramente um deles.

Porque não se esclarece o que pode ser esclarecido? Diria que em muitos casos porque não existem recursos suficientes para garantir uma das características da actividade jornalística: a mobilidade, ir aos sítios para verificar a informação.

O jornalismo de secretária ligado à rede do telefone ou da internet alimenta o jornalismo da contradição dando a ilusão que se está a fazer jornalismo.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Contra a “capa de jornal”

Já repararam que os media estão a transformar a 1ª página do jornal em capa? Podemos apontar o dedo com mais veemência à televisão e às revistas de imprensa diárias que fazem desfilar perante os telespectadores as ditas “capas” de jornais.
Tudo estaria bem se um jornal tivesse, de facto, capa. Mas não tem. A primeira página de um jornal tem uma construção gráfica e lógica completamente diferente da capa de uma revista. É verdade que, por vezes, certas primeiras páginas se assemelham a capas. E também é verdade que o segmento das revistas tem crescido tanto nas últimas décadas que obrigou os jornais a reinventarem-se.
Apesar disso, chamar capa a uma 1ª página é abusivo e errado. Compreendo que a palavra “capa” se enquadre melhor na brevidade jornalística que a dupla “primeira página”. Mas onde fica o rigor e a exactidão que deviam ser caros à linguagem dos jornalistas a partir do momento em que começam a tratar mal as “suas” próprias palavras?

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

As regras de Seixas da Costa

O embaixador de Portugal no Brasil Seixas da Costa deixou excelentes orientações para quem é e não é jornalista na conferência que deu na Univerisdade Lusófona. Aqui ficam algumas dicas:

  1. Não falar no condicional: as mensagens são dúbias e dificulta [a elaboração de] títulos aos jornalistas.
  2. É preciso ter consciência que a comunicação social só publica o que quer. As segundas-feiras costumam ser bons dias para conseguir que uma notícia saia.
  3. Os jornalistas gostam de ser individualizados. Não vale a pena semear notícias por todos os jornais.
  4. "Quando dou uma entrevista já sei que a minha pior frase vai ser o título". Por isso, diz, quando se dá entrevistas, é recomendável que se construam algumas frases simples que possam fornecer o título e outras para o jornalista usar como destaques da entrevista.

Olhando para a "actual tabloidização da comunicação social" Seixas da Costa considera "legítimo" que "os diplomatas não estejam disponíveis para esse tipo de simplificação".

Um dos temas controversos em que tocou é o de quem define o interesse público. "O interesse do jornal ou do jornalista não é interesse público", afirmou. Um exemplo que deu foi o de um assalto em Porto Galinhas que apenas foi noticiado porque lá estava um jornalista de uma televisão portuguesa. Uma notícia que, não reflectindo a realidade - no sentido de não existir uma elevada taxa de assaltos na zona -, acabou por tem impacto negativo no turismo.

Em Portugal, sublinhou ainda, existe também uma agressividade em relação ao interesse nacional que não se verifica em países como a Espanha. Uma velha questão, dizemos nós, do cruzamento entre interesse nacional e interesse público que vale a pena, um dia, debater.

A embaixada de Portugal no Brasil é uma das únicas que comunica através de um blog alimentado pelo embaixador.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

“Crianças de Chernobyl” transmitida em três continentes

A Grande Reportagem SIC “Crianças de Chernobyl” assinada por Daniel Cruzeiro, professor de jornalismo na Lusófona, vai ser transmitida em três continentes diferentes. A TV7 da Nova Zelândia, a DBS de Israel, a TV8 da Suécia e a TVV de Espanha são as estações de televisão que já garantiram os direitos de transmissão da reportagem da SIC para os respectivos países. O mérito deste trabalho de Daniel Cruzeiro, com imagem de Renato Freitas e edição de imagem de Gonçalo Freitas, já tinha sido reconhecido o ano passado, quando arrecadou o 1º Prémio AMI – Jornalismo Contra a Indiferença 2006 e uma menção honrosa do Júri do Prémio Cáceres Monteiro 2006.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Diplomacia e Jornalismo em debate na Lusófona


O embaixador de Portugal no Brasil, Francisco Seixas da Costa, é o convidado da terceira conferência do ciclo "Comunicação e Jornalismo no séc XXI". O tema "Diplomacia e Jornalismo" debate-se já esta quinta-feira, 10 de Janeiro, às 18 horas, no Auditório Ómega, no Edifício Q, no Campo Grande, em Lisboa.