- Não falar no condicional: as mensagens são dúbias e dificulta [a elaboração de] títulos aos jornalistas.
- É preciso ter consciência que a comunicação social só publica o que quer. As segundas-feiras costumam ser bons dias para conseguir que uma notícia saia.
- Os jornalistas gostam de ser individualizados. Não vale a pena semear notícias por todos os jornais.
- "Quando dou uma entrevista já sei que a minha pior frase vai ser o título". Por isso, diz, quando se dá entrevistas, é recomendável que se construam algumas frases simples que possam fornecer o título e outras para o jornalista usar como destaques da entrevista.
Olhando para a "actual tabloidização da comunicação social" Seixas da Costa considera "legítimo" que "os diplomatas não estejam disponíveis para esse tipo de simplificação".
Um dos temas controversos em que tocou é o de quem define o interesse público. "O interesse do jornal ou do jornalista não é interesse público", afirmou. Um exemplo que deu foi o de um assalto em Porto Galinhas que apenas foi noticiado porque lá estava um jornalista de uma televisão portuguesa. Uma notícia que, não reflectindo a realidade - no sentido de não existir uma elevada taxa de assaltos na zona -, acabou por tem impacto negativo no turismo.
Em Portugal, sublinhou ainda, existe também uma agressividade em relação ao interesse nacional que não se verifica em países como a Espanha. Uma velha questão, dizemos nós, do cruzamento entre interesse nacional e interesse público que vale a pena, um dia, debater.
A embaixada de Portugal no Brasil é uma das únicas que comunica através de um blog alimentado pelo embaixador.
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