quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Teixeira dos Santos alerta para efeito "dominó"
Depois da Grécia, Irlanda e Portugal, “alguém mais virá a seguir”. Itália, Bélgica ou Espanha são os países da Zona Euro em maior risco de seguir o caminho da ajuda financeira, alertou Teixeira dos Santos. Perante o arrastar da crise da dívida soberana, o ex-ministro das Finanças alertou, anteontem, na Universidade Lusófona, para os perigos do efeito “dominó”.
Num discurso comum ao do primeiro-ministro grego, Teixeira dos Santos reiterou que esta “não é uma crise de Portugal, da Grécia, da Irlanda”, mas sim a crise da “moeda única”. Perante a “metamorfose da crise” que é hoje uma “crise bancária”, o professor da Faculdade de Economia do Porto (FEP) foi crítico quanto à “hesitação europeia”, que é apenas “geradora de incerteza” o que por si só, é “um factor de agravamento da crise”.
Para o antigo ministro das Finanças a crise do Euro só será ultrapassada através de uma resposta nacional assente em “reformas que promovam a sustentabilidade e maior qualidade das finanças públicas”, “uma correcção sustentada do défice”, conjugada com uma resposta europeia. Na opinião de Teixeira dos Santos, “a maior parte das vezes temos meias-soluções”, “a Zona Euro precisa de uma solução”, e que o pior que a Europa poderia fazer era apresentar uma meia-solução. “Os mercados estão atentos”, se a resposta à crise surgir de forma tímida, a situação “vai agravar-se ainda mais”.
Eliano Marques, Nicole Matias, Tomás Tim-Tim
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