Protestantes indianos reuniram-se no estado sulista de Karnataka para contestar a prisão do jornalista Naveen Soorinje. O repórter televisivo foi detido pelas autoridades indianas depois de ter filmado um grupo de activistas Hindu a atacar raparigas que confraternizavam com um grupo de rapazes na cidade de Mangalore, no estado de Karnataka.
Grupos indianos de jornalistas contestaram a detenção e enviaram uma missiva às autoridades locais (Foto: Spoorthi Ullal) |
A detenção tem gerado contestação por parte de grupos de defesa dos direitos humanos e de representantes de jornalistas. O juiz reformado e activista de direitos humanos M Saldhana apontou o dedo à "promiscuidade existente entre as polícias locais e as organizações radicais de direita", defendendo ainda o "direito do jornalista de cumprir os seus deveres profissionais".
Um grupo de jornalistas, activistas e políticos enviou uma carta aberta ao Ministro de Estado R Ashok e ao Comissário do Distrito de Mangalore Chennappa Gowda, apelidando a prisão de um "ataque à liberdade de imprensa" e apelando às autoridades estaduais para "intervir e tomar as acções apropriadas". Taranath Kapikad, jornalista de Janshree, em declarações em Mangalore, considerou que "a responsabilidade de apurar a verdade dos factos recai sobre a polícia local".
O comissário policial da cidade de Mangalore defendeu a actuação da polícia, afirmando que esta apenas se limitou a "cumprir as ordens do tribunal".
Hugo Dinis e João Paulo Teixeira.
Sem comentários:
Enviar um comentário