sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Jornal Washington Post vendido ao proprietário da Amazon.com


Noticia da venda do Whastington Post
A direção do Washington Post Co. concordou, esta segunda-feira, em vender o jornal ao fundador e director-executivo da Amazon.com, Jeffrey P. Bezos. Terminou assim o domínio administrativo da família Graham sobre uma das principais organizações noticiosas americanas.

Jeffery Bezos, cujo empreendedorismo fez dele um dos homens mais ricos do mundo, vai pagar 158 milhões de dólares (117 milhões de euros) pelo jornal e pela sua sede.

A empresa Amazon, com sede em Seattle, não terá nenhum papel na compra; Bezos vai adquirir a organização noticiosa e tornar-se seu único proprietário. Quando a venda for concluída, dentro de 60 dias, o Post Co. terá um novo o nome. Resta apenas saber se vai continuar como uma empresa de capital aberto sem o jornal.

Este acordo representa uma mudança repentina e impressionante de eventos. Foi uma surpresa que a publicação considerada durante várias décadas a principal de Washington e uma força poderosa na formação e na política do país, fosse vendida O jornal ganhou a atenção mundial pelas suas histórias sobre o escândalo de Watergate e, em Junho deste ano, pelas divulgações sobre Agência de Segurança Nacional de Vigilância (NSA).

O Presidente e chefe-executivo Donald E. Graham, em conjunto com com a sua sobrinha Katharine Weymouth, deram a notícia da venda, esta segunda-feira, na sede da empresa, numa reunião repleta de funcionários. O clima foi descrito como “pesado” e vários funcionários emocionaram-se. David Ignatius, um colunista já veterano do Post que se encontrava visivelmente emocionado após a reunião disse: "Toda a gente que estava na sala sabe o quanto Don e Katharine amavam, o jornal e quão difícil deve ter sido para eles tomar esta decisão ".


Durante a maior parte da última década, o Washington Post não foi capaz de escapar à turbulência financeira que tomou conta de jornais e organizações de média. O surgimento da Internet e a mudança da impressão para a tecnologia digital criaram uma onda maciça de competição para as empresas de notícias tradicionais.

Imagem: Fonte

André Moleiro e Mafalda Martins

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